A SAD do Benfica manteve hoje a convicção na falta de oportunidade e insuficiência da proposta de Oferta Pública de Aquisição (OPA) de 85 por cento do seu capital por parte da Metalgest, do empresário Joe Berardo.
Em relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os ''encarnados'' consideram que a oferta ''não é oportuna, por insuficiente, não reunindo as condições adequadas à aceitação da mesma, mantendo a posição assumida a 09 de Julho'', em resposta à primeira proposta.
Segundo o clube da Luz, Joe Berardo ''continua a não apresentar um verdadeiro plano estratégico alternativo'', considerando mesmo que a única intenção divulgada pelo empresário é a de ''exercer influência na gestão do Benfica''.
Joe Berardo tentou adquirir 85 por cento do capital social da SAD a 3,5 euros unitários, condicionando o sucesso da operação à compra de 30 por cento dos títulos mais uma acção.
O Benfica sustenta que esta conclusão é o ''corolário da avaliação estratégica empresarial que um Conselho de Administração de uma sociedade visada faz sobre as condições objectivas de uma oferta''.
A Administração da SAD do clube lisboeta considera que a segunda versão do projecto de prospecto apresentado pela Metalgest ''não incluiu alterações relevantes face à versão preliminar disponibilizada em 05 de Julho'', explicando que nada acrescenta quanto à justificação da contrapartida.
O Benfica coloca ainda em causa as repercussões da OPA nos interesses dos seus trabalhadores e respectivas condições de trabalho, bem como nos locais em que a sociedade exerce a sua actividade, face à ''ausência de qualquer plano estratégico alternativo''.
LUSA