As cinco maiores ligas europeias de futebol - Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália e França - ultrapassaram os 13 mil milhões de euros em receitas durante a temporada 2015/16, apontou um estudo hoje divulgado.
Segundo o ‘Annual Review of Football Finance’, documento elaborado pela consultora Deloitte, o crescimento de 1,4 mil milhões de euros em relação a 2014/15, um aumento de 12%, deve-se aos “novos acordos de transmissão em Alemanha, Itália e Espanha, combinados com o início de mais um ciclo de direitos de transmissão da UEFA”.
Os valores das transmissões televisivas foram responsáveis por um crescimento de 14% das ligas, representando um total de 49% do total de receitas (6,6 mil milhões de euros), mas também as outras fontes comerciais, de patrocínios a receitas do dia de jogo, aumentaram 10%.
Além dos 13,4 mil milhões de euros de crescimento conjunto, todos os cinco campeonatos apresentaram receitas, com a ‘Premier League’ a liderar a tabela, com um total de 4,9 mil milhões de euros de receitas, um aumento de 500 milhões em relação a 2014/15, seguida da 'Bundesliga', com 2,7 mil milhões, um aumento de 13% face ao período anterior.
A liga espanhola surge no terceiro lugar, com um crescimento de 19% para 2,4 mil milhões de euros, seguido da ‘Serie A’ italiana, com 1,9 mil milhões (aumento de 7%), e dos clubes franceses, cujo crescimento foi mais ‘tímido’ – 5%, para 1,5 mil milhões de euros, sendo que o Paris Saint Germain é responsável por quase 60% das receitas de todo o campeonato.
No que toca ao lucro operacional, os clubes ingleses voltam a destacar-se, com 683 milhões de euros, um valor que exclui receitas provenientes de amortizações e vendas de jogadores, com a prova espanhola no segundo posto, com 400 milhões de euros, e a ‘Bundesliga’ com 284 milhões.
Por outro lado, os clubes italianos registaram uma perda de 38 milhões de euros e os franceses de 98 milhões.
Ao mesmo tempo, também as despesas salariais subiram, com um aumento de 10% para os 8,2 mil milhões de euros, o que significa que o rácio entre receitas e vencimentos baixou um ponto percentual para os 61, com a ‘Bundesliga’ a aplicar menos de metade das receitas em ordenados (49%).