O Sporting da Praia mostrou-se hoje indisponível para jogar a final do campeonato de Cabo Verde depois de 31 de julho, apelando à federação de futebol que comunique o desfecho das meias-finais e marque a data da final.
A posição do Sporting da Praia foi avançada em conferência de imprensa pelo presidente do clube, Carlos Caetano, no mesmo dia em que o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) considerou "improcedente" a queixa contra a Ultramarina de São Nicolau em relação ao jogo da primeira mão das meias-finais, entretanto adiado.
O Conselho de Disciplina da FCF concluiu que não ficou provada a acusação deduzida contra o clube de São Nicolau por não terem aparecido as chaves dos portões do Estádio Orlando Rodrigues, no Tarrafal de São Nicolau.
Caso ficasse provada a intenção de esconder as chaves do estádio, a Ultramarina incorreria a uma pena de derrota no jogo, ficaria suspensa durante um ano e ainda teria de pagar 15 mil escudos (136 euros) de multa e indemnização à FCF.
Citado pela Inforpress, o presidente dos campeões de Santiago Sul considerou que os sucessivos adiamentos do jogo da primeira mão entre Ultramarina e Mindelense de São Vicente aconteceram porque a FCF "não soube conduzir o processo".
Carlos Caetano frisou ainda que "o mais grave" foi o órgão que rege o futebol cabo-verdiano ter marcado o jogo da segunda mão sem que houvesse uma decisão em relação à primeira mão.
No jogo da segunda mão, a Ultramarina foi a São Vicente vencer o Mindelense por 2-0.
A primeira mão foi marcada para este sábado, mas foi novamente adiada para data a indicar.
O Sporting da Praia, que se apurou para a final após eliminar a Académica do Porto Novo, apelou à FCF a não só anunciar o desfecho das meias-finais como a marcar a data para a final, que será realizada a duas mãos.
Até 31 de julho, o clube da Praia mostrou disponibilidade para jogar no meio da semana.
O Sporting também pediu à FCF para assumir todos os encargos que teve até agora com os sucessivos atrasos dos jogos, indicando que vai ter "problemas financeiros gravíssimos".