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José Couceiro acusa FPF de deselegância na sua saída

O ex-seleccionador nacional de ''esperanças'' José Couceiro queixou-se hoje de não ter havido correcção nem elegância por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) no processo que desembocou na sua saída das selecções nacionais.

José Couceiro acusa FPF de deselegância na sua saída
Futebol 365

Até hoje, e depois da decisão federativa em prescindir dos seus serviços, Couceiro alega ter recebido apenas uma mensagem de Gilberto Madaíl, presidente da FPF, no seu telemóvel, segundo referiu o ex-seleccionador à Antena 1 e Renascença.

''As questões não se tratam de forma pública. Até hoje, tenho uma chamada no telemóvel do presidente da Federação e ainda não tive nenhuma conversa com ele. Não é forma mais correcta de resolvermos os problemas'', disse Couceiro, acrescentando compreender os fundamentos da FPF e os receios que tem para o futuro, ''até porque publicamente não foi fácil viver com a situação''.

Apesar desta compreensão, José Couceiro pensa que as coisas podiam ter sido resolvidas de outra maneira e com outro nível e disse não estranhar a ausência de conversa com o líder federativo.

O antigo técnico de FC Porto e Vitória de Setúbal queixou-se ainda da falta de apoio institucional durante o Europeu de sub-21 na Holanda, principalmente no decisivo encontro frente à equipa da casa, em que jogadores e equipa técnica estiveram sozinhos, sem a companhia de presidente e vice-presidente.

''Esse apoio institucional não tivemos nesse jogo, aliás só tivemos no jogo com a Itália nas duas competições. Não estava lá ninguém de grande peso, excepção feita ao director que estava connosco sentado no banco'', sublinhou Couceiro, reforçando que Portugal necessita de reforçar o seu peso nas competições internacionais.

O técnico disse ainda que a equipa de sub-21 enfrentou um ambiente hostil e com muita gente da Holanda a movimentar-se com muita de peso ''e Portugal estava a equipa, exclusivamente a equipa''.

José Couceiro revelou não ter ficado surpreendido com a escolha de Rui Caçador para o cargo, mas não entende o que trará de diferente.

''Não sei se será uma decisão de continuidade ou não, porque, se há erros anteriores, eles vão continuar, já que o Rui Caçador sempre esteve de acordo comigo em todas as decisões, que tomámos em conjunto'', afirmou.

Contactada pela Agência Lusa, uma fonte da federação estranhou as declarações de José Couceiro e esclareceu que o técnico ''foi informado imediatamente'' e ''da forma mais célere'' pelo director responsável pela área José Cavaco.

A mesma fonte garantiu que Gilberto Madaíl ligou para Couceiro e que este não atendeu o telefone, pelo que optou por deixar ficar uma mensagem, e que o técnico também procurou ligar para o telemóvel do presidente, que na altura não podia atender, também tendo deixado mensagem.

''É claro como água'', garantiu, adiantando, em jeito de comentário, ''José Couceiro pode estar desagradado pela decisão, mas foi convenientemente informado''.

A referência de Couceiro à falta de apoio institucional da FPF foi considerada uma opinião subjectiva do técnico, tendo a fonte da FPF sublinhado que ''após a eliminação com a Itália, Gilberto Madaíl reiterou que o técnico tinha todas as condições para se manter no cargo''.

Nesse jogo, além de Madaíl, a Federação fez-se representar ao mais alto nível no jogo em que Portugal perdeu o apuramento para os Jogos Olímpicos de Pequim2008.

LUSA

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