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Guiné-Bissau: Federação em polémica com o Governo e com a FIFA pelo meio

Um membro do comité executivo da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) afirmou hoje que não acredita que a secretária-geral da FIFA tenha ameaçado cortar ajudas ao país enquanto persistirem as divergências entre clubes e a federação.

Guiné-Bissau: Federação em polémica com o Governo e com a FIFA pelo meio
Futebol 365

Mamasliu Baldé disse hoje à Rádio Capital FM de Bissau que não acredita que Fatma Samoura tenha informado a diretora-geral do Desporto da Guiné-Bissau, Conceição Évora, da indisponibilidade da FIFA em continuar a apoiar os projetos do país enquanto 'persistirem problemas na federação'.

Vários elementos da FFGB são indiciados de alegadas práticas de corrupção, envolvendo verbas atribuídas pela FIFA para o desenvolvimento do futebol no país.

O presidente da federação, Manuel Lopes, e a secretária-geral, Virgínia da Cruz, foram ouvidos várias vezes no Ministério Público. A secretária-geral da instituição chegou a estar suspensa de funções, por ordens judiciais, durante alguns dias.

Vinte e sete clubes e algumas associações filiadas no organismo que rege o futebol guineense exigiram a renúncia de Manuel Lopes do cargo, estando já marcado para setembro um congresso ordinário do organismo.

A diretora-geral do Desporto guineense, Conceição Évora confirmou hoje à agência Lusa que a secretária-geral da FIFA, Fatma Samoura, de nacionalidade senegalesa, com quem se reuniu na semana passada, numa conferência mundial sobre o futebol na Rússia, lhe garantiu que enquanto persistirem os problemas na federação não haverá apoios para a Guiné-Bissau.

A responsável não especificou de que problema a dirigente da FIFA se estava a referir.

O dirigente da federação guineense Mamasaliu Baldé desmentiu as palavras da diretora-geral e anunciou que a instituição vai encviar uma carta ao presidente da FIFA, Gianni Infantino, para confirmar as palavras de Fatma Samoura.

Mamasaliu Baldé indicou que as relações entre a FIFA e a federação guineense 'são excelentes', acrescentando que isso se prova com os apoios financeiros que a sua instituição voltou a receber nos últimos meses, depois de mais de dois anos de interregno.

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