Um golo de belo efeito de André Almeida permitiu hoje ao Benfica regressar às vitórias, na receção ao Portimonense, que vendeu cara a derrota (2-1), numa partida referente à quinta jornada da I Liga de futebol.
O brasileiro Fabrício, aos 56 minutos, colocou em desvantagem um Benfica desencontrado e sem o seu futebol característico, que, no entanto, viria a ter nos pés do lateral André Almeida o ‘golaço' decisivo, aos 78.
Pelo meio, quando decorria o minuto 60, foi o brasileiro Jonas, da marca dos onze metros, a iniciar a reviravolta, depois de uma falta na área de Hackam sobre Salvio, que custou a expulsão ao ganês, deixando os algarvios reduzidos a 10 unidades.
Depois do empate (1-1) em Vila do Conde, o triunfo suado de hoje coloca o tetracampeão na segunda posição, com 13 pontos, e a dois do líder provisório Sporting. Já o Portimonense somou o quarto desaire, mantendo-se no 14.º posto, com três.
Com o interregno no campeonato, devido aos compromissos das seleções, os ‘encarnados' continuam sem poder contar com os lesionados Fejsa e Jardel, bem como o espanhol Grimaldo, que, apesar de convocado, acabou por nem constar na ficha de jogo.
Por outro lado, foram três as estreias a titular promovidas pelo técnico Rui Vitória no habitual esquema de 4x4x2: o médio Samaris, o central Lisandro e o extremo Zivkovic.
Com o recém-chegado reforço Gabriel Barbosa sentado no banco de suplentes, foi dos pés do compatriota Jonas que saiu o primeiro sinal de perigo no encontro, logo nos instantes iniciais.
O sérvio Zivkovic desmarcou André Almeida, que cruzou de primeira para a zona de penálti e viu o número 10 ‘encarnado' atirar forte por cima da barra.
Do lado dos visitantes, Vítor Oliveira manteve a base das primeiras quatro jornadas, de onde apenas resultaram três pontos - vitória caseira (2-1) diante do Boavista na ronda inaugural.
Apesar do já esperado controlo dentro das quatro linhas, a dinâmica e a intensidade imposta pelas ‘águias' não se mostrava suficiente para desmoronar a barreira montada pelos algarvios, que pressionam quase sempre quando não tinham bola, dificultando a zona de construção adversária.
O extremo Wellington Carvalho e médio Shoya Nakajima causavam um real desconforto a Samaris e Eliseu por diversas ocasiões, não conseguindo acertar com as marcações diretas.
Aos poucos, e com as perdas de bola do tetracampeão nacional a meio campo, o jogo acabava por ‘partir' e o Portimonense ia acreditando que podia alvejar a baliza a carga de Bruno Varela.
O ‘nulo’ registado ao intervalo obrigou os treinadores a mexerem nas respetivas equipas, tendo Rui Vitória lançado Salvio para o lugar de um desinspirado Cervi, enquanto Vítor Oliveira optou por retirar o ‘capitão’ Ewerton, fazendo entrar Dener.
Contudo, o Benfica, perante os 52.795 presentes no Estádio da Luz, não encontrava soluções para abrir o ativo, perante um Portimonense ‘aberto', completamente disposto a conquistar os três pontos e que acabou mesmo por chegar ao primeiro ao golo.
Uma bola perdida por André Almeida no ataque foi fulminante, que acabou por ficar a ver o ‘sprint' do japonês Shoya, antes de desmarcar a referência do ataque Fabrício, que ‘arrastou' Luisão para a zona de finalização e atirou cruzado sem hipóteses para Varela.
Porém, a reposta ‘encarnada' não tardou, graças a uma grande penalidade convertida por Jonas, a castigar um encosto de Hackman - que viu o vermelho direto no lance - nas costas de Salvio.
A partir do golo do empate, o Portimonense começou a sentir as normais dificuldades de defender com menos um elemento para travar ímpeto ofensivo das ‘águias', mas Seferovic e Eliseu desperdiçarem à ‘boca' da baliza.
Até que, quando faltavam 12 minutos para o apito final, um inesperado André Almeida tirou um ‘coelho da cartola' e, numa espécie de cruzamento, acabou por ver a bola entrar no fundo das redes de Ricardo Ferreira, fazendo um golo de belo efeito.
Na parte final, o Portimonense ainda foi, mesmo com 10, à procura do empate e, aos 88 minutos, Fabrício ‘gelou’ a Luz, ao apontar o segundo golo dos algarvios, valendo ao Benfica a posterior análise do vídeo-árbitro, que assinalou posição irregular a Manafá, que havia assistido o brasileiro.
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