O Boavista apresentou hoje mais dois jogadores, o avançado angolano Mateus (ex-Gil Vicente) e o central brasileiro Moisés (ex-Cruzeiro), elevando para 19 o número de futebolistas contratados para a presente temporada.
Mateus, de 23 anos, assinou por três épocas, com mais uma de opção, e foi contratado para preencher a vaga de Roland Linz, que se mudou para o Sporting de Braga, enquanto Moisés chega emprestado por uma época pelo Cruzeiro de Belo Horizonte, mas estava no Flamengo.
O avançado angolano tornou-se conhecido pelo caso que abalou o futebol português na época transacta, o famoso “caso Mateus”, e que motivou a despromoção do seu clube, o Gil Vicente.
Outro problema, entretanto, bateu à porta do avançado: uma hepatite B crónica diagnosticada na Roménia, onde tinha à sua espera um contrato aliciante com o Dínamo de Bucareste, e que levou o clube romeno a desistir da contratação, muito embora, ao que parece, tal doença não ofereça problemas para a prática desportiva.
Mateus voltou, então, ao Gil Vicente, mas pouco tempo depois rescindiu com o clube de Barcelos, alegando que tinha sido vítima de “omissão de dados médicos”.
A Comissão Arbitral Paritária (CAP) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) deu-lhe razão, numa decisão que o presidente do Boavista, João Loureiro, garantiu ser “irrecorrível”.
O Boavista “só hoje foi notificado oficialmente de que Mateus era um jogador livre”, explicou o dirigente “axadrezado”, precisando que teve o “cuidado de contactar o Gil Vicente” e mostrou abertura para “pensar numa compensação qualquer” para o clube de Barcelos.
“É uma prova de boa vontade”, defendeu João Loureiro, na conferência de imprensa de apresentação dos dois jogadores.
Moisés, de 28 anos, teve há um ano contrato assinado com o Sporting, mas por pouco tempo, pois soube-se que o jogador estava em risco de ser suspenso por quatro meses pela FIFA, por quebra unilateral do contrato com o clube russo Krylia Sovetov.
Moisés garante que “pode jogar” e João Loureiro referiu-se a ele como “um internacional de grande craveira” e que pode jogar não só a central como também à frente da defesa.
O presidente boavisteiro disse depois que “se calhar, o salário de Linz dá para pagar a estes jogadores que aqui estão (Mateus e Moisés) e possivelmente a outro''.
O Boavista aguarda ainda pela chegada de Brayan Angulo, um lateral esquerdo de 17 anos que, segundo Loureiro, “já fez oito jogos pela selecção principal da Colômbia”.
Aos adeptos desiludidos com a derrota caseira frente ao Marítimo (0-2), na segunda jornada da Liga, o dirigente procurou deixar uma mensagem de esperança quanto ao futuro, prometendo melhorias a seguir à primeira paragem do campeonato, por ocasião dos jogos de qualificação para o Europeu de 2008, em Setembro.
LUSA