O Rio Ave venceu hoje o Vitória de Setúbal por 2-1, em partida da oitava jornada da I Liga Portuguesa de futebol decidido no minuto 90, com um golo do vila-condense Bruno Teles.
O jogo só ganhou emoção no derradeiro quarto de hora, quando Rúben Ribeiro inaugurou o marcador para os locais, aos 75 minutos, tendo o Vitória de Setúbal ainda chegado ao empate aos 84, por João Amaral, num tento assinalado pelo vídeoárbitro, isto antes do ‘tiro’ Bruno Teles que desequilibrou o encontro.
Com este resultado, os vila-condenses, que quebraram um ciclo de quatro jogos sem vencer, passaram a somar 14 pontos, ultrapassando, à condição, o Sporting de Braga, enquanto o Vitória de Setúbal manteve-se com sete, no 13.º posto.
Cedo se percebeu que as duas equipas não estavam dispostas a correr grandes riscos, precipitando, nos primeiros 45 minutos, um futebol derivado para inconsequentes batalhas no meio campo, que faziam escassear as oportunidades junto às balizas.
Os sadinos ainda criaram um inicial calafrio para o Rio Ave, quando um cruzamento de Gonçalo Paciência, logo aos cinco minutos, acabou cortado, no limite, por Lionn, impedindo que a bola sobrasse para João Amaral.
Apesar desta iniciativa, pouco mais se viu em termos de ambição atacante no lado do Vitória, algo que o Rio Ave, embora mais dominador, também não conseguia fazer melhor.
Os nortenhos só protagonizaram o seu primeiro remate à baliza, naquele que foi também o primeiro do jogo, já perto da meia hora, numa iniciativa de Lionn, mas que saiu ao lado.
Perante a inoperância ofensiva dos sadinos junto à baliza do Rio Ave, os comandados de Miguel Cardoso apesar de disporem de uma ou outra oportunidade, também não fizeram melhor, justificando o ‘nulo’ ao intervalo.
O segundo tempo devolveu um Rio Ave novamente mais ambicioso, mas, mais uma vez, a não disfarçar as dificuldades na finalização, com Tarantini e Nuno Santos a tentarem contrariar essa toada, com um par de remates para defesa de Pedro Trigueira.
Do outro lado, o Vitória de Setúbal mantinha-se inconsequente, só conseguindo o seu primeiro remate com algum perigo aos 74 minutos, num cabeceamento, ao lado, de Gonçalo Paciência.
Perante o deserto de ideias até então, acabou por surpreender o frenesim em que se transformou o último quarto de hora do encontro, com os vila-condenses a recorrerem a uma jogada estudada para colmatarem a falta de espontaneidade do seu futebol.
Na sequência de um livre, aos 76 minutos, Francisco Geraldes simulou que ia rematar à baliza, acabando por endossar a bola para Rúben Ribeiro, que na área, sem marcação, aproveitou a ingenuidade da defensiva do Vitória para inaugurar o marcador.
A equipa de Setúbal ainda conseguiu reagir à contrariedade, aos 84 minutos, na primeira vez que conseguiu fazer a bola chegar de forma enquadrada à baliza do Rio Ave.
Na sequência de um livre apontado por João Amaral, o guarda-redes dos nortenhos Cássio ficou iludido com uma movimentação do sadino Vasco Fernandes, acabando por deixar entrar a bola na sua baliza.
O árbitro Rui Costa ainda anulou o golo, também iludido pela movimentação de Vasco Fernandes, mas este não estava em fora de jogo e o vídeoárbitro acabou por validar o lance que resultou no 1-1.
Apesar do pouco tempo para se jogar, o Rio Ave não atirou a toalha ao chão e acabou por beneficiar de um momento de inspiração de Bruno Teles, que, já em cima do minuto 90, esboçou um forte remate de fora da área, que fixou o 2-1 final.
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