O Benfica perdeu hoje com o Manchester United por 1-0, em jogo do grupo A da Liga dos Campeões de futebol, no qual não foi inferior ao adversário, mas pagou o preço da inexperiência do seu guarda-redes.
O treinador do Benfica, Rui Vitória, que em Basileia foi muito conservador, surpreendeu desta vez pela ousadia ao apostar para o onze inicial em três jovens inexperientes, o guarda-redes Svilar, o central Rúben Dias, e o extremo Diogo Gonçalves.
A resposta dos três até superou as expectativas, mas o guarda-redes Svilar, de 18 anos, que se tornou hoje no mais jovem guarda-redes a estrear-se na Liga dos Campeões, teve um erro que se revelou fatal fruto da sua inexperiência.
Aos 64 minutos, um livre executado por Rashford no flanco esquerdo, saiu batido diretamente para as mãos de Svilar, mas deu dois passos atrás para agarrar a bola e acabou por entrar na baliza.
Fora esse deslize - decisivo, porém - Svilar, que no final pediu desculpa aos adeptos ‘encarnados’, esteve em bom plano, personalizado, seguro, concentrado, sem medo de arriscar, tal como estiveram, de resto, Rúben Dias, o melhor jogador do Benfica em campo, e Diogo Gonçalves.
O jogo foi, globalmente, de fraco nível, muito por culpa de Manchester United, que foi uma equipa pouco dinâmica, sem agressividade e sem intensidade, especialmente na primeira parte, período em que o Benfica teve fases em que esteve por cima do jogo e conseguiu criar alguns lances de perigo na área adversária.
De resto, a melhor oportunidade de golo antes do intervalo pertenceu ao Benfica, aos 15 minutos, numa excelente combinação desenvolvida pelo flanco esquerdo entre Diogo Gonçalves e Grimaldo, cujo cruzamento apanhou Salvio em excelente posição no coração da área, mas o remate saiu ao lado do poste direito da baliza de De Gea.
Rui Vitória optou por um ponta de lança mais agressivo, que pressiona o adversário na saída de bola deste, como é o caso e Raul Jimenez, para poder apresentar um meio-campo mais compacto, com Fejsa na posição 6, dois médios interiores, Pizzi e Filipe Augusto, e dois alas, Salvio na direita e Diogo Gonçalves na esquerda, que completavam o quinteto da linha média quando o United recuperava a bola.
Desta forma, conseguiu controlar o adversário, também muito por culpa da passividade deste, sempre muito lento nas transições, mas não conseguiu que a equipa fosse contundente no último terço do campo.
O Benfica conseguiu chegar muitas vezes às imediações da área do United, mas faltou depois um toque de classe, qualidade individual, de último passe, do cruzamento, e a defesa inglesa acabava por resolver as situações criadas pelo ataque encarnado.
Na segunda parte, o cariz do jogo alterou-se um pouco, José Mourinho deve ter dado um ‘puxão de orelhas' aos seus jogadores ao intervalo, e a verdade que o United surgiu mais predisposto a pressionar na recuperação da bola e a por um pouco mais de velocidade nas ações ofensivas.
No entanto, o Benfica foi-se mantendo compacto a defender e só mesmo aquele erro de avaliação de Svilar permitiu ao United chegar ao golo, mas depois quando foi preciso ‘mudar o chip' e ir à procura do 1-1, aí é que vieram ao de cima as fragilidades atuais dos ‘encarnados’.
Rui Vitória lançou Zivkovic para o lugar do apagado Pizzi, Jonas rendeu Diogo Gonçalves, Cervi o seu compatriota Salvio, mas, pese embora a atitude guerreira e o inconformismo dos seus jogadores, faltou qualidade individual e coletiva para ‘ferir' o United no seu último terço na ponta final da partida.
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