Rui Vitória: «Foi uma exibição personalizada, muito bem conseguida»

«Foi uma belíssima exibição da nossa parte. Se é a melhor ou não, pode ser relativo. Os jogadores souberam muito bem o que tínhamos de fazer para ganhar o jogo, e passaram isso à prática. Acabámos por estar a ganhar 3-0. No final, é evidente que há sempre uma reação da equipa contrária.

O Vitória é uma belíssima equipa, que, com muita rapidez, arranja uma situação de perigo. O ter feito o 3-1 acaba por espelhar o que foi o jogo. É um golo que me parece meritório. Da nossa parte, foi um grande rigor tático, com os jogadores muito bem posicionados, a praticamente não darem grandes chances ao Vitória de se aproximar da nossa baliza.

Na segunda parte, houve uma preocupação de aproveitar um desposicionamento do Vitória ir à procura do empate. Foi uma exibição personalizada, muito bem conseguida, num campo muito difícil, frente a um adversário que cria complicações a qualquer equipas. Saímos daqui muito satisfeitos.

Foi mais por razões táticas [a substituição de Pizzi por Samaris], porque naquela altura era um jogador de combate na zona central do campo. O jogo tinha tendência a partir-se um bocadinho, porque o Vitória iria arriscar, e nós tínhamos de ter jogadores mais frescos para chegar ao ataque com mais facilidades. Foi isso que aconteceu, com o Samaris a ter uma belíssima integração no segundo golo. Depois, equilibrámos e não demos muitas chances à equipa do Vitória. É importante que as equipas percebam a forma como se tem de jogar.

(A equipa é Jonas e mais '10'?) Isso é relativo. Estamos a falar de um belíssimo jogador. A exibição da equipa foi bem conseguida. Deu corpo a uma belíssima jogada de golo. Teve um desempenho muito bom, jogou a cumprir o que tínhamos pedido. O comportamento foi muito positivo, mas não quero estar a ser redutor de dizer que foi só o Jonas, porque a equipa teve um desempenho muito positivo.

(Sobre o jogo poder ser decisivo) Nunca pensamos nos ses. Não vale a pena estar a pensar nas consequências. O nosso foco foi o nosso processo, como é que teríamos de vir aqui ao Vitória e ganhar o jogo. Estar a pensar em duas coisas ao mesmo tempo não dá resultado. Temos a consciência de que representar este clube é querer ganhar. Felizmente, em termos de campeonato, as coisas têm estado a funcionar. Isto é uma maratona, vamos somando pontos, olhando para cada adversário de forma diferente e fazendo o nosso campeonato.

[Krovinovic] é um jovem jogador, que está a chegar a um grande clube. Tem feito um trabalho muito meritório. Entrou, sem problemas, neste jogo para o campeonato. E um jogador que nos dá a capacidade de estar no meio-campo com mais um jogador e de chegar à frente com mais facilidade. Hoje, passava por aí. Mais do que ter jogadores na frente, era aparecer com jogadores na frente. O Krovinovic, em condução de ola, é fortíssimo, e esclarecido, tem uma intensidade muito boa. Não me surpreendeu».