O piloto francês Sébastien Ogier, que recentemente se sagrou pentacampeão do mundo, admitiu hoje, em entrevista à France Press, a vontade de continuar nos ralis, mas adiou para o Rali da Austrália uma decisão definitiva.
“Enquanto houver diversão ao volante, queremos continuar. Enquanto houver vitórias, também. Para procurar mais”, disse o gaulês, o segundo piloto mais bem-sucedido na historia do WRC, atrás do compatriota Sébastien Loeb, vencedor em nove edições.
O piloto gaulês, de 33 anos, mantém, porém, interrogado o seu futuro próximo - se continua com o Ford Fiesta da M-Sport, se volta à Citroen, onde se iniciou, ou opta por abandonar.
“Infelizmente, não posso responder agora. Mas, a época 2018 está a chegar, pelo que acho que no ultimo rali de 2017, na Austrália (16 a 19 de novembro), poderemos fazer esse anúncio”, avançou Ogier.
Na entrevista, o francês disse também que tornar-se pai, em junho de 2016, mudou as suas prioridades – “gosto imensamente do tempo que passo em casa a ver o meu filho crescer” –, mas não lhe afetou a vontade de continuar a fazer história no automobilismo.
“É cada vez mais difícil fazer uma semana completa de corrida, mas tenho apenas 33 anos. É um pouco cedo para me retirar, pelo que o objetivo é continuar mais um pouco nos ralis”, assumiu.
O quinto título não foi obtido com os meios de um construtor de fábrica – foi tetracampeão ao volante da Wolkswagen, que deixou o mundial de ralis em 2016, e este ano usou um Ford Fiesta da M-Sport –, mas ao volante de uma equipa privada, tendo a feroz concorrência dos rivais.
“Foi um grande desafio para nós (com seu co-piloto Julien Ingrassia) e a oportunidade de provar o nosso valor a alguns dos nossos detratores”, vincou.
O mundial de 2018 principia com o rali de Montecarlo, em janeiro, ao qual Ogier chegará “quase sem qualquer preparação”.
"Felizmente, temos toda uma experiência connosco, todas as vitórias que nos permitem estar preparados. Amo sensações extremas. É verdade que me alimento de adrenalina durante toda a temporada. A notoriedade não é, em absoluto, o meu objetivo número um”, concluiu.