O treinador português Ricardo Sá Pinto está entre as 28 pessoas acusadas de crimes relacionados com corrupção no futebol grego, designadamente, resultados combinados, por decisão do Tribunal de Recurso de Atenas, conhecida hoje.
De acordo com os órgãos de comunicação locais, além de Sá Pinto, vão também a julgamento o ex-presidente da Federação Grega de Futebol (EPO), Giorgos Sarris, atuais e antigos dirigentes de vários clubes, entre os quais o presidente do Olympiacos, Vanguelis Marinakis, jogadores e ex-árbitros.
O antigo futebolista internacional português, atual treinador do Standard Liège, treinou na Grécia o OFI, na época 2013/2014, e o Atromitos, nas temporadas 2014/2015 e 2016/2017.
Segundo a mesma fonte, um dos jogos investigados pela justiça grega foi disputado em 04 de fevereiro de 2015, entre o Olympiacos e o Atromitos, então orientado por Sá Pinto, que a equipa de Pireu venceu por 2-1, reforçando a liderança do campeonato.
O treinador português disse à agência Lusa ser “completamente alheio” às suspeitas de manipulação de resultados naquele jogo, adiantando que não foi, “até ao momento, citado ou contactado por qualquer entidade grega para prestar declarações”.
Além do presidente do Olympiacos, que se sagrou campeão naquela época, com 12 pontos de vantagem sobre o rival Panathinaikos, foram também acusados o presidente do Atromitos – atual comandante do campeonato helénico -, Giorgos Spanos, e o presidente do Levadiakos, Yannis Kobotis.
O painel de juízes do tribunal ateniense, que não fixou data para o início do julgamento, decidiu não levar a julgamento outras sete pessoas que estavam indiciadas, tendo também rejeitado as acusações de fraude e extorsão relativamente a todos os implicados.
O tribunal ordenou também que Marinakis - que continua a recusar ter cometido qualquer crime – abandone a presidência do Olympiacos, adversário do Sporting no grupo D da Liga dos Campeões, no prazo de 15 dias desde a publicação do acórdão.