Bwin Liga: Golo de Lisandro derrota Marítimo e isola «dragões» no comando

No “duelo” entre as duas equipas que apenas somavam vitórias na prova, “bastou” o cabeceamento eficaz do avançado argentino, aos 56 minutos, para tornar o FC Porto a única equipa com o pleno de triunfos na competição.

Na estreia de Ernesto Farias em jogos oficiais, o FC Porto demonstrou, porém, dificuldades no sector mais atacante e deve rever a capacidade ofensiva da equipa, sob pena de comprometer terça-feira a entrada em cena na Liga dos Campeões, na recepção ao Liverpool.

O Marítimo, que tem surpreendido pela positiva, deve queixar-se de algum desacerto ofensivo e sobretudo da falta de atenção na área, da qual resultou o único golo da partida.

Privado ainda de Helton, Pedro Emanuel, Adriano e Postiga, todos lesionados, e também a pensar no jogo de terça-feira com o Liverpool, da Liga dos Campeões, Jesualdo Ferreira apostou em Nuno, na baliza, e numa defesa com Bosingwa, Bruno Alves, João Paulo e Marek Cech (Fucile foi “poupado” da convocatória).

Para o meio-campo, o treinador do FC Porto chamou Paulo Assunção, Raul Meireles e Lucho Gonzalez, ficando o ataque entregue a Tarik, Quaresma e Lisandro Lopez.

Pelo Marítimo, o brasileiro Sebastião Lazaroni apostou num 4x4x2 atacante, com Marcos, na baliza, uma defesa com Briguel, Ediglê, Van der Linden e Evaldo, um meio-campo composto por Bruno, Olberdam, Marcinho e Fábio Felício, deixando o ataque para Kanu e Mossoró.

Conscientes da dificuldade do segundo embate caseiro na Liga (o primeiro resultou em vitória por 1-0 sobre o Sporting), os portistas entraram dispostos a marcar cedo para atenuar algum nervosismo evidente e, aos três e cinco minutos, Lucho Gonzalez e Tarik Sektioui, respectivamente, remataram ligeiramente ao lado, nos primeiros sinais evidentes da ambição “azul-e-branca”.

O Marítimo, seguro na defesa e rápido nas saídas para o ataque, resolvia com aparente facilidade as investidas do Dragão e, sem criar qualquer tipo de perigo, viu o portista Tarik ter nos pés, aos 41 minutos, o lance mais flagrante de golo, mas o remate, como quase todos os outros, saiu ao lado da baliza do tranquilo Marcos.

No início da segunda parte, Jesualdo Ferreira chamou o estreante Farias para o lugar de Tarik, mas até seriam os insulares a criarem excelente ocasião de golo, aos 56 minutos, quando Kanu beneficiou de uma falha de comunicação entre Nuno e Bruno Alves e, por pouco, não abria o activo.

E como Kanu não aproveitou a oferta, em contra-ataque o FC Porto marcou, com Lisandro Lopez, ao segundo poste, a aproveitar da melhor forma um cruzamento da esquerda de Marek Cech e a cabecear com êxito perante a incapacidade de Marcos.

Feito o primeiro, o FC Porto tornou-se mais dominador, mas o Marítimo, com remate traiçoeiro de Marcinho obrigou Nuno a defesa apertada para canto, aos 63 minutos.

Leandro Lima, aos 71 minutos, ocupou o lugar de Raul Meireles e, aos 73, Bruno “cobrou” um livre e Evaldo, depois de a bola embater na barreira e completamente sozinho, atirou ao lado da baliza portista.

Lazaroni colocou tardiamente Bruno Fogaça em campo (saiu Marcinho, aos 78 minutos) e, aos 80, Leandro Lima rematou por cima, após excelente jogada individual, num dos últimos lances de destaque no encontro.

LUSA