O Sporting venceu hoje no reduto do Estrela da Amadora por 2-0, aproveitando falhas da defesa da equipa de Daúto Faquirá para construir uma vitória tranquila e sem contestação, em encontro da quarta jornada da Liga de futebol.
Com uma ala esquerda muito interventiva (Ronny e Vukevic combinaram muito bem), o Sporting nunca perdeu o controlo do jogo, mesmo no último quarto de hora, em que o Estrela da Amadora mostrou maior atrevimento do que em todo o encontro.
Curiosamente, os primeiros minutos pareciam indiciar que os “leões” teriam um teste difícil antes da recepção ao Manchester United, com os “tricolores” empenhados em discutir o jogo, mas isso dissipou-se depois do primeiro golo, com a equipa do Estrela da Amadora a comprometer e a facilitar a tarefa do adversário.
Purovic (abandonou o campo a coxear depois de substituído) recebeu a bola num mau atraso de Fernando e endossou-a a Liedson, que não encontrou dificuldades para desfeitear Nélson, antigo companheiro de equipa.
O Estrela da Amadora sentiu o golo e acentuou-se ainda mais a sua incapacidade ofensiva. O futebol tornou-se ainda mais previsível e a equipa pecou por deficiência nas transições.
Sem grande desgaste, o bloco defensivo do conjunto de Paulo Bento não experimentou dificuldades, até porque, junto à área do Sporting, o Estrela da Amadora somou passes transviados.
Somente aos 24 minutos, a equipa de Daúto Faquirá ensaiou o primeiro remate à baliza de Stojkovic, com Maurício a atirar ao lado do poste esquerdo da baliza dos visitantes.
O facto é que o Sporting partiu para o intervalo com o domínio do jogo, enquanto o árbitro saiu sob um coro de assobios dos adeptos leoninos, em protesto pela admoestação a Abel, derrubado por Maurício dentro da área tricolor, minutos antes.
Paulo Pereira não entendeu haver motivo para a marcação de grande penalidade, mas que o defesa direito simulou a queda, mostrando-lhe por isso o cartão amarelo.
O mesmo Maurício estaria num lance duvidoso, no início do segundo tempo, derrubando Vukcevic no limite da área, o que gerou mais protestos por parte do Sporting.
No reatamento, a equipa “leonina” explorou bem a dificuldade do colectivo da casa em estender-se no terreno e até criou mais oportunidades de golo do que no primeiro tempo, com Liedson a dispor de três oportunidades e a desperdiçar o ensejo de marcar.
A pensar no ciclo de jogos que o Sporting tem pela frente, Paulo Bento procedeu à anunciada gestão do plantel, colocando, primeiro, Farnerud no lugar de Romagnoli e, mais tarde, Yannick Djaló e Bruno Pereirinha, este a ter escassos minutos de jogo.
Daúto Faquirá também recorreu ao banco de suplentes, sem alterar a estrutura da equipa, mas demorou algum tempo a produzir resultados a entrada de Moses, com o ganês a colocar em sobressalto a defesa do Sporting, mas sem causar perigo em lances de bola corrida.
Depois de ter sido atingido na cabeça por Moses, numa saída corajosa do guarda-redes sérvio fora da área, Stojkovic apenas foi obrigado a aplicar-se num lance de bola parada, socando o remate directo de Luís Aguiar (acabado de entrar para a estreia na Liga portuguesa).
Contudo, se o ataque do Estrela da Amadora ganhou com Moses, o facto é que a defesa da formação da Reboleira teimou em recuar muito no terreno e o fosso acentuou-se.
O Sporting sereno e, sem experimentar um grau de dificuldade considerável, limitou-se a gerir o jogo, mesmo nos 10 minutos finais do Estrela da Amadora, interessantes, mas a reacção foi tardia e inconsequente.
LUSA