Em 2014 chegou à Luz, sem espaço no Valência, mas rapidamente convenceu tudo e todos, ao ponto de ser o segundo futebolista estrangeiro com mais golos no Benfica (101) e o primeiro a marcar em dez jornadas consecutivas.
Jonas, que ganhou a alcunha de ‘Pistolas’, tal a rapidez com que dispara para o golo, já se tornou um fenómeno no Benfica, equipa que lhe devolveu o estatuto e a importância que o fizeram ser o ‘rei’ do Brasileirão, pelo Grémio, em 2010.
O sucesso de então deu-lhe o passaporte para a Europa e duas razoáveis épocas no Valência e uma outra não tão boa valeram-lhe a já conhecida dispensa quando Nuno Espírito Santo era técnico do clube ‘che’.
O Benfica agradeceu e Jonas chegou à Luz ainda com Jorge Jesus como treinador, encantando época após época, mesmo apesar de na última, a do tetracampeonato, ter sido menos influente e ter tido a sua carreira em risco.
Na primeira época de ‘águia ao peito’, a fazer dupla com o compatriota Lima, Jonas fica a um golo da Bola de Ouro (20 golos), ganha pelo portista Jackson Martinez, mas na segunda, em 2015/16 venceu o troféu (32 golos), à frente do argelino Slimani (27).
Os golos parecem fáceis para o brasileiro, a caminho dos 34 anos, mas o Benfica proporciona-lhe uma das melhores fases da carreira, senão a melhor, com uma produção que o leva a bater recordes atrás de recordes.
Depois de uma última época frustrante, com uma cirurgia ao pé direito e uma infeção bacteriana que o fez temer pela carreira, Jonas ainda voltou aos relvados para ajudar os ‘encarnados’ a chegarem ao ‘tetra’, terminando a I Liga com 13 golos.
Esta temporada, voltou a ser o mesmo de sempre, golos atrás de golos – mesmo com um Benfica menos produtivo e com exibições menos conseguidas -, somando 15 golos, num total de 16 (marcou na Supertaça), assumindo a liderança dos marcadores.
No domingo, Jonas ultrapassou a fasquia de 100 golos pelo Benfica, chegou aos 101, tornando-se o 17.º jogador da história dos ‘encarnados’ a fazê-lo, o primeiro brasileiro e o segundo estrangeiro, atrás do paraguaio Cardozo (171 golos).
Os dois golos na goleada ao Vitória de Setúbal (6-0), na 12.ª jornada, deram-lhe ainda o estatuto de ser o primeiro jogador do Benfica a marcar em dez jogos consecutivos no campeonato, ultrapassando Julinho (nove jogos em 1949/50) e Eusébio (1964/65).
Nesta edição da Liga, o brasileiro marcou em 11 dos 12 jogos do Benfica, falhando apenas no triunfo em Chaves (1-0), à segunda jornada, no qual o internacional suíço Seferovic marcou o único golo do jogo.
Jonas marcou ao Sporting de Braga (1), falhou em Chaves, e voltou a marcar ao Belenenses (3), Rio Ave (1), Portimonense (1), Boavista (1), Paços de Ferreira (1), Marítimo (1), Desportivo das Aves (2), Feirense (1), Vitória de Guimarães (1) e Vitória de Setúbal (2).
No Dragão, Jonas reencontra um adversário a quem apenas marcou uma vez, na última temporada no Estádio da Luz, ao converter uma grande penalidade aos sete minutos, num jogo que terminaria igualado 1-1.
Os ‘dragões’, tal como o Sporting, a quem nunca marcou, não são dos adversários mais penalizados por Jonas, que terá, imperativamente, que marcar se quiser manter-se com hipóteses de superar o registo de golos em jornadas, pertença do portista Fernando Gomes, com 14 jogos a marcar em 1984/84.
O jogo entre FC Porto, líder da I Liga, com 32 pontos, e Benfica, terceiro, com 29, da 13.ª jornada, está agendado para as 20:30 de sexta-feira, no Estádio do Dragão.
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