O Boavista venceu hoje fora o Paços de Ferreira, por 2-1, no arranque da 15.ª jornada da I Liga de futebol, num jogo em que a eficácia dos 'axadrezados' castigou alguma passividade dos pacenses, em vantagem ao intervalo.
Mabil colocou o Paços de Ferreira em vantagem aos quatro minutos, num lance apenas validado pelo vídeoárbitro, mas o Boavista deu a volta ao resultado na segunda parte, com golos de Mateus, aos 62 minutos, e de Raphael Rossi, aos 75.
O resultado premeia a eficácia dos boavisteiros, a equipa com mais posse bola no jogo e que teve de reagir ao golo madrugador de um Paços que pareceu algo acomodado com a vantagem inicial e a quem a sorte também falhou, sobretudo nos lances de Xavier e Miguel Vieira ainda no primeiro tempo, após remates aos ferros da baliza de Vagner.
Num jogo de reencontros para os dois treinadores e alguns jogadores, o Paços, com Bruno Moreira no lugar do lesionado Welthon na equipa inicial, chegou cedo ao golo, por Mabil, após canto da esquerdo, num lance que apenas contou após ser revisto pelo vídeoárbitro, quase um minuto depois.
Em desvantagem desde os quatro minutos, o Boavista, que alinhou de início com Robson (sem jogar desde a terceira jornada, derrota na visita ao Marítimo, por 1-0, em 20 de agosto), no lugar do castigado Lucas, e sem ter um avançado de referência, acusou o golo e não conseguiu tirar partido da maior posse de bola.
Os 'axadrezados' não tinham referências no ataque, mas a estratégia foi corrigida com a troca de Vítor Bruno por Leonardo Ruiz, aos 38 minutos, numa alteração que permitiu à equipa ter algum ascendente no final do primeiro tempo, anulando algum conforto dos locais, apesar de tudo a formação que mais facilidade revelava em jogar no meio campo contrário e chegar à baliza adversária.
Numa dessas incursões pelos corredores, a partir de passes não filtrados pelo meio campo axadrezado, o pacense Xavier, aos 37 minutos, acertou no poste e Bruno Moreira falhou a recarga. Aos 44, foi Miguel Vieira, após canto da esquerda, a acertar no 'ferro' da baliza de Vagner, decisivo no segundo tempo a negar o golo a André Leal (67 minutos) e Hêndrio (90+4).
O Boavista manteve a posse de bola no segundo tempo e o jogo foi correndo sem muita qualidade de parte a parte e longe das balizas, mas a entrada de Mateus, aos 61 minutos, acabou por ser decisiva para o desfecho do encontro.
No minuto seguinte, o angolano, na sua primeira ação no jogo, entrou na área pela esquerda e fez passar a bola por entre as pernas de Mário Felgueiras, restabelecendo a igualdade, que seria desfeita aos 75, por Rossi, antecipando-se de cabeça a Bruno Moreira, após canto na esquerda do ataque do Boavista.
Pela primeira vez em desvantagem, o Paços, sem ganhar nas últimas cinco jornadas, lançou-se no ataque, procurando minimizar o resultado, mas teve mais coração do que cabeça e o que acertou Vagner acabou por defender, segurando uma vantagem que os adeptos pacenses cobraram no final aos jogadores locais, a quem vaiaram na saída para os balneários.
A vitória do Boavista, a sétima e o principal resultado no histórico dos 14 confrontos para a I Liga como visitante na Capital do Móvel, permitiu aos axadrezados acabar o ano com 20 pontos, por agora no oitavo lugar, por troca com o Desportivo de Chaves, que tem 18 e um jogo a menos, enquanto o Paços mantém os 13 e pode acabar a jornada, a última de 2017, no limite da permanência.
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