Crónica: Benfica baixa ritmo, relaxa, 'põe-se a jeito' e sofre empate

Os ‘encarnados’, que tinham empatado na estreia com o Sporting de Braga, voltaram a empatar, mesmo depois de Jonas, logo no primeiro minuto, e Lisandro López, aos 33, terem dado uma vantagem de dois golos, anulada por Pires (47) e Jadson (84).

Melhor entrada em jogo não era possível para o Benfica, com um golo no primeiro minuto a culminar grande jogada coletiva iniciada e concluída por Jonas, que envolveu também Zivkovic e Grimaldo.

O Benfica dominou completamente o Portimonense durante a primeira meia hora, podia ter feito o segundo golo logo aos 12 minutos, numa jogada em que Jonas ofereceu de ‘bandeja' o 2-0 a Pizzi, mas este, só com o guarda-redes Leo pela frente, fez o mais difícil que foi chutar ao lado do poste.

Quando chegou ao segundo golo, aos 33 minutos, numa cabeçada de Lisandro Lopez, na sequência de um pontapé de canto, com falha de marcação grave da defesa algarvia, já o Benfica tinha baixado significativamente a intensidade de jogo, o que permitiu ao Portimonense, paulatinamente, tornar-se cada vez mais ousado nas transições ofensivas.

A equipa do Algarve assumiu desde o início jogar no campo todo com o Benfica, mas não o conseguiu na primeira meia hora porque a equipa ‘encarnada’ não deixou, face à pressão alta que exerceu à saída de bola do Portimonense, mas a partir daí, com a redução do ritmo de jogo do adversário, passou a estender o jogo até à área de Svilar.

Aos 27 minutos surgiu a primeira oportunidade de golo do Portimonense, na sequência de uma fífia de Lisandro Lopez, que Svilar salvou, aos 29 foi a vez de Lisandro evitar o 1-1 a Pires, e aos 36, uma grande defesa de Svilar, seguido de uma recarga de Pires à barra, impediu o 2-1.

Os avisos foram vários, mas o Benfica recolheu aos balneários e reentrou para a segunda parte convencido de que o resultado estava feito. Não estava. Dois minutos depois do recomeço, o Portimonense chegou ao 2-1, de cabeça, por Pires, na sequência de um livre.

Nem mesmo este golo serviu de lição aos jogadores do Benfica, que mantiveram o mesmo ritmo de jogo, pausado, sem acelerações, de posse de bola, mas cada vez que o Portimonense a recuperava era muito mais vertical e objetivo nas suas transições.

Rui Vitória trocou Samaris e Zivkovic por Keaton Parks e Diogo Gonçalves, respetivamente, aos 68 minutos, sem proveito para a equipa, mas fez pior ao tirar Pizzi, aos 81, para a entrada de Seferovic, perdendo o controlo do meio-campo.

O Benfica acabou mesmo por sofrer o empate, porque o Portimonense, sem nada a perder, nunca deixou de arriscar e ser atrevido, acabando por chegar ao empate aos 84 minutos, em mais um lance de desconcentração da defesa encarnada, com Lisandro Lopez a ser batido por Pires no jogo aéreo, e a proporcionar a recarga vitoriosa a Jadson, à defesa de Svilar.

O Benfica só pode culpar-se de si próprio por ter a continuidade na Taça da Liga em risco, depois de ter chegado ao 2-0 e ter a partida controlada.

De referir que o treinador do Portimonense, Vítor Oliveira, apresentou apenas três dos titulares do último jogo para o campeonato, em Alvalade, Paulinho, Pedro Sá e Wellington Carvalho, enquanto Rui Vitória fez apenas quatro alterações no onze que goleou o Tondela, na última jornada da Liga, com as entradas de Svilar, Samaris, Zivkovic e Rúben Dias, para os lugares de Varela, Fejsa, Cervi e Jardel, respetivamente.