Crónica: Defesa 'azarada' do Estoril oferece triunfo ao Feirense

Os autogolos de Pedro Monteiro (21) e de Kyriakou (56) facilitaram a tarefa aos atletas de Nuno Manta Santos, que, apesar de não ter os seus artilheiros com o nome nos marcadores, mereciam ter marcado. O triunfo em Lisboa vale ao Feirense a consolidação no 13.º posto, com 17 pontos.

No sexto desafio ao leme dos ‘canarinhos’, após três empates, uma vitória e duas derrotas, Ivo Vieira corre agora o risco de ver a sua equipa terminar a primeira volta do campeonato na última posição da tabela, onde é 17.º, com 12 pontos, caso o Vitória de Setúbal triunfe na deslocação a Tondela, na terça-feira.

Num frente a frente entre dois dos piores ataques da prova, perspetivava-se um início de jogo contido por parte das duas formações, optando por estudar a forma como iram encaixar taticamente.

Perante um Estádio António Coimbra da Mota com menos de 2.000 adeptos nas bancadas, foi o Estoril que acabou por tomar a iniciativa de assumir a partida, muito por culpa das investidas do brasileiro Victor Andrade, que ia trocando várias vezes de flanco com Allano na tentativa de causar surpresa aos defesas forasteiros.

Ainda assim, mesmo estando ligeiramente por cima, mas sem criar perigo, foi o Feirense a elevar-se e a mostrar toda a sua eficácia na Amoreira, quando estavam jogados 21 minutos.

João Silva já tinha dado o primeiro aviso quando surgiu com tudo para fazer o golo na ‘cara’ de Moreira, permitindo a ‘mancha’ ao guardião. Pouco depois, em nova investida foi o extremo Hugo Seco a desequilibrar a defesa do Estoril, que acabou por beneficiar da infelicidade do central Pedro Monteiro, ao ver o cruzamento ir na sua direção e colocar a bola dentro da própria baliza.

A equipa de Ivo Vieira não se dava por vencida, continuava a mandar na partida, mas as ausências de Mano, Lucão, Fernando Fonseca e Gonçalo Brandão no quarteto defensivo eram cada vez mais notórias. Etebo, juntamente com João Silva, atreviam-se cada vez mais no ultimo terço do terreno e ameaçavam o segundo, que só não aconteceu à passagem da meia hora, porque o nigeriano foi perdulário só com Moreira pela frente.

No regresso do descanso, o técnico ‘canarinho’ lançou Eduardo Teixeira em detrimento de Joel Ferreira, apostando minutos depois em Bruno Gomes por troca com Kléber, com o intuito de dar alguma frescura e velocidade.

Mas a noite era demasiado azarada para a defesa da casa, voltando a ter num central o autor do golo dos fogaceiros, desta vez por Kyriakou, que no primeiro tempo até jogou a médio, a desviar o cruzamento de Edson Farias e a trair Moreira.

A parte final da partida teve mais Estoril que Feirense, porém Aylton saltou do banco apenas para desperdiçar um golo de ‘bandeja’ oferecido por Allano, enquanto Eduardo Teixeira teve soberana oportunidade de reduzir para a diferença mínima, através da marca de grande penalidade, mas não fez melhor que atirar por cima da barra.