O treinador Daúto Faquirá considera que a regularidade do FC Porto está na base da liderança da I Liga de futebol no fim da primeira volta e faz dos portuenses os mais fortes candidatos à conquista do título.
Apesar de atribuir maior favoritismo aos ‘dragões’, o técnico não exclui da corrida o Sporting, segundo classificado, que tem evidenciado uma evolução significativa a nível defensivo, e o tetracampeão Benfica, a recuperar de um início de época “muito atribulado”.
“O FC Porto demonstrou desde o início ser uma equipa muito forte. Não tem tido oscilações, ofensivamente está muito agressiva, mantendo os predicados defensivos do ano passado. (...) Foi a equipa mais forte ao longo desta primeira volta, sem dúvida”, sustentou.
Para Daúto Faquirá, o Sporting, que tem menos dois pontos do que o FC Porto, foi “uma equipa mais pragmática, com equilíbrios muito bem definidos e que não oscila como oscilava no ano passado”, perdendo alguma “vertigem ofensiva”, mas ganhando em rigor defensivo.
“O Benfica tem tido uma época muito atribulada. Das três (equipas ‘grandes’), foi a que mais dormiu à sombra dos êxitos dos últimos tempos e não preparou conveniente a época na aquisição de jogadores para colmatar algumas ausências”, defendeu.
Apesar dos cinco pontos de atraso para o FC Porto, Daúto Faquirá não exclui a possibilidade de o Benfica conquistar um inédito pentacampeonato, admitindo que será “uma luta a três, contrariamente ao que aconteceu no ano passado”.
“Até pelo facto de não ter revelado oscilações, parece-me que o FC Porto é o candidato mais forte, com o Sporting muito à perna. Acho que o jogo de sábado do Benfica, em Braga, é muito importante”, assinalou.
O treinador destacou o desempenho na primeira volta do campeonato do médio Danilo e dos avançados Marega e Aboubakar, no FC Porto, do defesa Mathieu e do extremo Gelson, no Sporting, e do central Ruben Dias, uma “aposta ganha” de Rui Vitória, e o goleador Jonas, melhor marcador da prova, no Benfica.
“Jonas é a estrela mais cintilante, o jogador de maior classe a jogar em Portugal. Acho que isso é indiscutível. Com dois avançados, ou sozinho, tem feito sempre golos”, sustentou Daúto Faquirá, elogiando o “registo fantástico” de 20 remates certeiros do brasileiro.
O técnico, que trabalhou pela última vez em 2014, tendo orientado os angolanos do 1.º de Agosto, considerou que a introdução do videoárbitro é “um percurso que não tem retorno”, e que, apesar de ter “carecido de um período de adaptação dos árbitros”, o balanço da utilização do sistema é muito positivo.