Uma grande penalidade convertida pelo avançado Roland Linz, aos 86 minutos, deu, hoje, uma vitória feliz ao Sporting de Braga, frente ao Nacional da Madeira, em encontro da sétima jornada da Liga de futebol.
Num jogo que teve um final ''eléctrico'', e com os madeirenses a contestarem fortemente a actuação do árbitro Pedro Proença, aconteceu quase de tudo nos últimos minutos, desde a grande penalidade que deu o triunfo aos bracarenses às três expulsões de jogadores, dois do Nacional e um do Braga.
Explorando bem o facto dos bracarenses terem actuado, na passada quinta-feira, para a Taça UEFA, o Nacional criou, na segunda parte, oportunidades suficientes para vencer a partida, mas a sorte não esteve com a equipa, num jogo onde tanto Dani Mallo como Diego Benaglio, os dois guarda-redes, estiveram em grande plano.
O Braga, que vinha de uma derrota (1-0) em Guimarães, para o campeonato, e uma goleada (4-0) frente ao Hammarby, para a Taça UEFA, apenas apresentou uma alteração na equipa, com Zé Manel a ficar no banco e Hussaine a regressar à titularidade.
Já o Nacional da Madeira, que vinha da sua primeira vitória na Liga (2-0 frente à Naval), não pôde contar com o lesionado Fernando Cardozo, no centro da defesa, com o seu técnico a colocar Ávalos ao lado de Ricardo Fernandes.
Entrando em campo com um sistema defensivo mais rígido, o Nacional aproveitou algumas ''cerimónias'' do Braga nos primeiros minutos para tentar a sua sorte quando, aos cinco minutos, Fellye Gabriel, de fora da área, do lado esquerdo, atirou ligeiramente ao lado.
O Braga só reagiu aos 10 minutos, após um bom lance ofensivo, com Jorginho a receber de Wender e a colocar em Linz que, em frente da baliza, rematou para a defesa de Diego.
Aos 18 minutos, num lance de contra-ataque, o Nacional esteve à beira do golo, mas Fellype Gabriel viu César Peixoto, quase em cima da linha, substituir Dani Mallo e roubar-lhe essa possibilidade.
O Nacional apresentava um futebol mais apoiado, frente a um Braga sem ligação entre os seus sectores, e que aos 33 minutos “perdeu” Andrés Madrid, lesionado.
Em cima do intervalo, a equipa de Jorge Costa teve uma boa reacção e, num espaço de um minuto, teve duas claras situações de golo, mas, nas duas, Ricardo Fernandes, sobre a linha evitou que a bola entrasse na sua baliza.
A segunda parte ''abriu'' com outra situação de golo desperdiçado por Fellype Gabriel, mas a bola saiu um pouco ao lado. A resposta surgiu aos 51 minutos por Wender, com um remate cruzado, mas a bola não entrou na baliza do Nacional.
Aos 55 minutos, Pedro Proença decidiu ''entrar no jogo'' ao perdoar a expulsão a Lipating, que já tinha visto um amarelo, quando tirou o cartão do bolso e voltou a arrumá-lo sem o mostrar.
Já com algumas alterações feitas pelos dois treinadores, o Nacional teve, num minuto, três claras situações para marcar, com Vandinho por duas vezes, em cima da baliza, e de cabeça, a evitar o golo e ainda Dani Mallo com uma boa intervenção a negar o golo a Fellype Gabriel.
Aos 74 minutos, Frechaut, ainda teve tempo de evitar que a bola entrasse na baliza do Braga e, aos 75, o mesmo atleta, quase fazia um auto-golo.
O minuto 86 foi decisivo para o desfecho do jogo, quando Ricardo Fernandes, após um canto, meteu mão à bola na área do Nacional, o árbitro assinalou a grande penalidade e Linz fez o 1-0.
Até final do encontro, o árbitro Pedro Proença assumiu o protagonismo mostrando cartão vermelho directo a Alonso (86), e Juliano (94), ambos por protestos, e o segundo amarelo a César Peixoto (93.
Após a expulsão de Juliano, o treinador do Nacional, Jokanovic, abandonou o banco de suplentes, em protesto contra as decisões da equipa de arbitragem.
LUSA