O Boavista perdeu hoje em casa com o Belenenses por 2-4, no encontro que encerrou a sétima jornada da Liga Portuguesa de futebol, caindo assim para o penúltimo lugar da classificação.
A equipa treinada por Jaime Pacheco sofreu a sua segunda derrota consecutiva na prova, após ter perdido por 2-0 com o FC Porto na ronda anterior, e também a segunda derrota em casa, após ter perdido com o Marítimo na segunda jornada.
Com quatro pontos conquistados em sete jornadas e ainda sem qualquer vitória, o registo axadrezado até agora é claramente medíocre.
A primeira jogada com cabeça, tronco e membros da noite foi do Belelenenes (06), pela direita, mas com Weldon a rematar fraco e à figura de Carlos. O Boavista respondeu logo a seguir, só que o passe final, de Bangoura, foi para terra de ninguém e o perigo esfumou-se.
O Belenenses chegou ao golo aos 27 minutos, explorando o facto de Rissut se encontrar ausente no ataque e de ninguém o ter substituído no seu posto. Com o caminho desimpedido, Weldon isolou-se e, no duelo directo com Carlos, apareceu caído na grande área, tendo árbitro marcado grande penalidade, que José Pedro convertou.
O resultado era então algo injusto, se bem que em contra-ataque o Belenenses se mostrasse tecnicamente superior, muito bem conduzido por José Pedro e Silas.
Mas o Boavista empatou quatro minutos depois, por Marcelão, um central que foi lá à frente mostrar como se fazem golos.
Tudo começou num canto e numa bola que ficou sem dono na fronteira entre a grande a pequena área do conjunto visitante. De costas para a baliza, Marcelão foi lesto a decidir e a executar um pontapé de bicicleta, que levou a bola para o fundo da baliza de Costinha, que nem sequer se fez à jogada.
Estava feito o segundo golo axadrezado na Liga, após o que Bangoura marcou ao Paços de Ferreira, na terceira jornada.
O intervalo chegou sem mais novidades e a segunda parte começou com um falhanço inacreditável de Jorge Ribeiro à boca da baliza.
Silas é que não falhou quando aos 51 minutos teve ''todo o tempo do mundo'' para rematar forte e rasteiro e recolocar assim a sua equipa a ganhar. De novo, o Boavista pagou muito caro mais uma deficiente cobertura defensiva do seu meio campo.
O Belenenses, sem forçar muito, mostrou ser mais equipa, saber tirar partido dos espaços livres e trocar muito bem a bola. Ainda assim, Marcelão, de livre e com a ajuda de Costinha, voltou a empatar e a restaurar a esperança de um resultado positivo entre as hostes boavisteiras.
Só que o Boavista voltou a fraquejar no meio campo e a mostrar-se incapaz de fazer frente a José Pedro e companhia, que deixaram caminho livre a Gabriel Gomez para fazer o 2-3, num remate indefensável e de grande qualidade.
O Boavista sofreu novo e decisivo golpe minutos depois quando Marcelão, a sua melhor unidade, viu o cartão amarelo pela segunda vez, seguido pelo cartão vermelho, e foi expulso. Pior era difícil para uma equipa que foi quase sempre inferior ao adversário, que mostrou vontade, mas à qual falta organização e sobretudo criatividade.
José Pedro, talvez o melhor em campo esta noite, fez o resultado final aos 92 minutos, agora explorando as imensas clareiras no meio campo contrário e o desânimo que se apoderou da equipa de Jaime Pacheco, que viu a sua equipa marcar dois golos mas perder pela segunda vez em casa e segunda vez consecutiva.
LUSA