Declarações do treinador do Benfica no final do encontro com o Sporting de Braga (1-3), disputado no sábado, da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
«Foi um belíssimo jogo de futebol, com duas equipas que se respeitaram muito bem, que sabiam como causar problemas uma à outra.
Fomos a melhor equipa, ganhámos justamente, contra um bom adversário.
Entrámos de uma forma muito personalizada, acabámos por estar a ganhar 1-0, sem grandes oportunidades de golo, mas o Braga acaba por não ter quase uma bola na nossa área.
Na segunda parte, sabíamos que o jogo poderia mudar. Acabámos por ter de ser muito criteriosos na saída para o ataque. Qualquer golo que fizéssemos teria impacto no adversário. Fizemos o 2-0, mas o Braga conseguiu ter 10 minutos em que volta novamente ao jogo. Mas, a qualquer momento, poderíamos fazer o terceiro golo, e foi o que aconteceu. Resumindo: uma vitória inteiramente justa, num jogo interessantíssimo de seguir, com aspetos táticos importantes, e com os jogadores que entraram a terem influência.
(Quero) dar os parabéns ao Braga pela campanha que tem vindo a fazer, porque este jogo já tem uma história. Vir a Braga não é fácil. Felizmente, nos últimos anos, temos vindo cá ganhar.
O adversário fez uma primeira volta muito boa. Mais do que ganhar ao Braga, viemos com o propósito de continuar o que temos vindo a fazer e mostrar qualidade. O sumo de tudo isto é a vitória. Foi uma vitória muito saborosa, num campo muito difícil. Trouxemos um plano e os jogadores executaram-no muito bem. Mérito deles nessa interpretação. É um jogo que já está riscado e passado. Agora, é pensar no próximo.
Em relação ao Rúben (Dias), é evidente que fez uma belíssima exibição, mas o mais importante é o desempenho coletivo. Soubemos anular muito bem a equipa do Braga, que tem nuances muito interessantes na construção de jogo. Não deixámos o Braga passar do nosso último reduto. Num coletivo muito bom, há sempre jogadores que sobressaem. Não quero estar aqui a individualizar, até porque não é justo para os outros.
A apreciação (da prestação de Jiménez) foi muito positiva. Às vezes, mais vale 20 minutos a sério do que 90 em que não estamos com toda a nossa dedicação. Às vezes, é preferível jogar 20 minutos e ter impacto no jogo. Além do Raúl, quero falar do Seferovic, um jogador internacional, que tem tido uma entrega muito boa. Temos o Jonas, que está a marcar golos. A vida é mesmo assim: esperar os momentos, trabalhar. É assim que os avançados da minha equipa trabalham.
Não vi ainda o lance em concreto (de uma eventual grande penalidade sobre Jonas, no início da segunda parte). No campo, fiquei com a sensação que sim. Mas ainda não vi nenhum lance na televisão.
Falta agora 16 batalhas. É evidente que é um jogo num campo difícil, com uma equipa que está a crescer, mas nunca pensar que ganhámos em Braga e agora o caminho vai ser mais fácil. Agora, é já focar no jogo com o Chaves. Ninguém pode dizer que neste jogo ou noutro, vamos facilitar.
Nessa questão (da polémica com Sérgio Conceição), estamos muito bem resolvidos. Não estamos a jogar contra ninguém, estamos a jogar para nós. Quando se sente esta determinação, este acreditar, e os jogadores sentem prazer no que estão a fazer. Hoje (sábado), era dar continuidade ao nosso desempenho de há uns jogos para cá. A nossa ‘gasolina' é o prazer, é representar este clube, é mostrar a nossa qualidade, querer ganhar e estar no topo da tabela».