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Euro2008: Scolari anuncia que deverá manter o «onze» em Almaty

O seleccionador português de futebol anunciou hoje que deverá manter quarta-feira frente ao Cazaquistão o “onze” que venceu sábado no Azerbaijão (2-0), em encontro do grupo A de apuramento para o Europeu de 2008.

Euro2008: Scolari anuncia que deverá manter o «onze» em Almaty

“Não posso afirmar nada em definitivo neste momento, porque vai haver um treino, mas é provável que a equipa seja a mesma. Se tiver tudo em ordem no treino, posso dizer que não vou mudar”, afirmou Luiz Felipe Scolari, na conferência de imprensa realizada em Almaty.

O extremo Simão poderia ser a única novidade, em detrimento de Ricardo Quaresma, mas o técnico “canarinho” deixou a entender que o jogador do Atlético de Madrid não está a 100 por cento: “sinceramente, acho que não recupera. Se é para arriscar, prefiro não o utilizar”.

Scolari, que cumprirá o segundo de três jogos de castigo e será substituído no banco por Flávio Teixeira, vulgo Murtosa, deverá manter a equipa, mas espera mais problemas: “o jogo do Azerbaijão já passou e vencemos. O Cazaquistão tem mais qualidade, características diferentes e uma forma de jogar bem melhor”.

“Pode ser muito difícil conquistar uma vitória aqui. Temos o exemplo dos jogos em Coimbra (3-0 a 15 de Novembro de 2006) e Chaves (1-0 a 20 de Agosto de 2003). É uma equipa que trabalha bem a bola, tem jogadores de boa estatura e jogadas trabalhadas com muita inteligência”, explicou o seleccionador luso.

O técnico “canarinho” prosseguiu nos elogios: “tem três ou quatro jogadores muito bons tecnicamente e os outros lutam muito. Não tem medo de jogar e tem também um técnico que já defrontei três vezes, tem futuro e deverá em breve dar passos muito maiores”.

Quanto à equipa lusa, Scolari garante que os jogadores estão conscientes de que é muito importante ganhar: “não temo que a equipa abrande, porque eles sabem que se não tivermos aqui uma boa atitude, não podemos depois cometer algum deslize em casa”.

Na ausência de Nuno Gomes, excluído devido à lesão sofrido no aquecimento do jogo de Baku, o seleccionador luso avançou que será, de novo, Cristiano Ronaldo a “capitanear” a equipa, “mas se Portugal se qualificar para o Europeu, haverá nova avaliação das psicólogas”.

Quanto ao substituto do jogador do Benfica, o avançado do Marítimo Ariza Makukula, Scolari não prometeu que o vai colocar em campo: “já faz parte do grupo e isso já é um grande prémio, até porque anda a ser observado e poderá ter outras oportunidades no futuro”.

“Foi muito bem recebido. Já conhecia alguns jogadores dos sub-21 e é muito alegre, expansivo e participativo. Isso é óptimo. A indicação partiu do Lazaroni (treinador do Marítimo), dizendo para o observar, como jogador e pessoa”, confidenciou.

O responsável pela formação das “quinas” falou também do jogo de sábado: “gostei mais da atitude da equipa do que do jogo. Marcámos cedo e, depois, administrámos”.

“O que disse jogadores? disse que não havia mais margem de erro. Depois do empate com a Sérvia não podíamos falhar mais”, afirmou Scolari, acrescentando: “ainda não recuperámos as minhas contas (vitórias em casa e empates fora). Estamos com um ponto em atraso”.

Em relação a Murtusa, que orientou a equipa, o técnico brasileiro voltou a frisar que é o seu adjunto quem decide: “existe um plano sobre as substituições, mas quem define isso na hora é o Murtosa. Por muito conhecimento mútuo, ele conta com o meu total apoio... mesmo que tenha de colocar o Quim como ponta-de-lança”.

“Depois do jogo conversámos sobre as coisas normais e brincámos muito. Ele disse-me que ia ganhar os três jogos e que, depois, não assumia mais o lugar. Esteve sempre muito bem no banco, apesar de eu ter muita vontade de lá estar também. Sofri muito sozinho e, depois, desabafei quando encontrei o pessoal”, contou.

Sobre a presença no estádio, Scolari voltou a dizer que não sabe se irá: “no Azerbaijão, não fiz esforço nenhum para passar despercebido. Vocês estavam a fazer o vosso trabalho e eu o meu. Ainda não sei como vai ser quarta-feira”.

“Não vai adiantar andarem à minha procura. Andar atrás de mim como câmara ou máquina fotográfica, saber se estou de chapéu ou de barba é ridículo e absurdo. Eu entendo que é uma caça. Todo o Mundo sabe que eu vou ver o jogo. Se não conseguir ao vivo, será no hotel”, frisou o seleccionador português.

Quanto à sua postura, quando, a 21 de Novembro regressar ao banco, para o previsivelmente decisivo encontro com a Finlândia, marcado para o Estádio do Dragão, no Porto, Scolari foi muito claro: “a minha forma de ser só muda se eu morrer. Se mudar é porque morri”.

O técnico das “quinas” falou ainda de Figo, que disse adeus à selecção após o Mundial de 2006: “quarta-feira posso mostrar-vos o fax que ele mandou para mim e os jogadores. Aliás, ele faz isso todos os jogos, dizendo sempre que faz parte deste grupo”.

“O Figo foi um grande capitão e um grande líder. Ainda hoje ao almoço falámos de muitos jogadores que também marcaram a sua época na selecção. Ele telefonou também ao Murtosa, brincando a meu respeito, e também falou com o Carlos Godinho”, finalizou.

LUSA

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