O antigo director-geral da SAD benfiquista, José Veiga, negou hoje que o livro ''Como tornar o Benfica campeão'' tenha sido escrito para servir de ajuste de contas, mas advertiu que o futebol do clube lisboeta precisa de ser repensado.
O ex-dirigente ''encarnado'' explicou que a obra ''não foi feita contra ninguém'', apesar de apresentar várias passagens muito críticas sobre a actuação do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e revelou que não tem pressa de regressar ao clube.
''Este livro não foi escrito contra ninguém, nem serve de ajuste de contas. Serve para ajudar o Benfica, para que os dirigentes actuais e do futuro não repitam alguns erros. Deixei o manual: é só uma questão de ler e segui-lo à risca'', explicou José Veiga, durante a apresentação, em Lisboa.
Apesar de rejeitar polémicas e desejar que o clube ''seja campeão este ano'', o antigo director-geral da SAD ''encarnada'' advertiu para a necessidade de ''repensar o futebol do Benfica'', lamentando que ''a maior instituição do país ganhe um campeonato'' em 13 anos.
José Veiga qualificou de ''normal'' a relação com Luís Filipe Vieira e considerou ''natural'' a recusa dos responsáveis do Benfica em comentar a obra, revelando ter enviado convites para a apresentação ao presidente do clube e ao Conselho de Administração, que não se fizeram representar.
''Recebi telefonemas de pessoas do Benfica que gostariam de estar presente e tenho recebido apoio de adeptos benfiquistas dos quatro cantos do país'', disse José Veiga, explicando que o livro, escrito pelos jornalistas Camilo Lourenço e José Marinho, ''não se aplica apenas ao Benfica e ao futebol português''.
''Vai ser publicado em vários países, começando por Inglaterra'', sob a denominação ''Como tornar um clube campeão'', adiantou José Veiga, que manifestou a intenção de ''continuar ligado à vida do clube'', apesar de ''não ter pressa'' de regressar ao estádio da Luz.
Octávio Machado, antigo treinador do Sporting e FC Porto, assistiu à cerimónia e Pedro Santana Lopes, antigo presidente do Sporting, chegou a tempo de justificar a presença com a importância de ''conhecer os segredos dos adversários''.