O futebolista Liedson negou hoje ter proferido as polémicas declarações de estar instaurada uma ''ditadura'' no Sporting e assegurou que não comparou o clube a ''um quartel-general''.
À chegada ao Aeroporto da Portela, em Lisboa, esta madrugada, o avançado brasileiro do Sporting disse que ''cada um interpreta da forma que deseja'' a entrevista que concedeu ao Jornal de Notícias publicada na quarta-feira.
''Eu não falei nada daquilo, mas tudo bem'', referiu Liedson, pretendendo encerrar um assunto que causou algum mal-estar no seio do Sporting.
''O que eu tinha de falar, já falei!'', afirmou aos jornalistas.
Sem temer a possibilidade de o Sporting o penalizar com uma sanção disciplinar pelas afirmações, o jogador, que regressou a Portugal depois de umas mini-férias de Natal no Brasil, assegurou estar ''de consciência tranquila''.
Escassas horas antes de se apresentar na Academia do Sporting, em Alcochete, Liedson afirmou não estar em risco e manifestou a intenção de ''cumprir o contrato'' que o liga ao clube leonino.
''Por enquanto, tenho contrato com o Sporting até 2010 e só se o clube não me quiser é que não fico até essa altura'', disse, rejeitando ter recebido qualquer proposta de clubes brasileiros para sair de Portugal, na reabertura do mercado, em Janeiro.
''A mim não chegou nenhuma proposta'', salientou, observando ter tido ''conhecimento pela internet e pela televisão'' do interesse do Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e Botafogo em garantir o concurso do atleta para o Brasileirão 2008.
Apesar de ter viajado durante toda a madrugada, Liedson retoma o trabalho esta manhã (o Sporting também tem uma sessão de treino na parte da tarde), cumprindo a determinação válida para os atletas sul-americanos de se juntarem ao plantel leonino nesta segunda-feira.
Na entrevista ao JN, Liedson falou em ''ditadura'' após ter sido castigado por um jogo, devido a ter-se recusado a efectuar um exercício de marcação de grandes penalidades durante um treino.
''Se é ser indisciplinado dizer que não vou bater um penalti, porque deixei de os marcar nos jogos, ou isto aqui é uma ditadura ou um quartel-general'', afirmou o ''levezinho'' ao jornal diário.
Com este castigo, o avançado brasileiro acabou por falhar o encontro frente ao Louletano, da quarta eliminatória da Taça de Portugal, que os ''leões'' venceram por 4-0.
''Acho que fiquei de fora castigado injustamente'', considerou o jogador.
LUSA