O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) afirmou hoje, em Coimbra, que o organismo vai apresentar dentro de 60 dias um novo modelo de governação e criar uma comissão para estudar a sustentabilidade da II Liga.
No final da primeira Cimeira de Presidentes do seu mandato, sem a presença do líder do Sporting, que durou cerca de três horas, Pedro Proença disse que a Liga recebeu um sinal de que "será altura" de alterar o modelo de governação que foi aprovado na última revisão estatutária de 2015.
"Porque a realidade é outra e a Liga vive um momento de sustentabilidade completamente diferente para melhor, será altura de poder repristinar o novo Conselho de Presidentes e foi isso que foi pedido ao presidente da Liga, que faça essa ponderação e reflexão", referiu.
Salientando que a LPFP tem muitos desafios pela frente no próximo ciclo de quatro anos, Pedro Proença considerou que a reunião de hoje foi um "momento de agregação, onde as pessoas puderam expor, sem receios e sem tabus, aquilo que são os seus pontos de vista".
"Numa primeira fase fizemos a reflexão e a ponderação de mais de dois anos desta direção. Os sinais foram muito positivos, com uma confiança total relativamente a esta direção da Liga", congratulou-se.
Segundo o presidente da LPFP, na reunião de hoje foi discutida a possibilidade de se alterar o modelo de governação e o modelo da II Liga, com ou sem equipas B, numa conversa "muito produtiva e construtiva".
"Hoje foi possível discutir o retorno económico-financeiro do posicionamento das equipas B e perceber a vantagem que é para as equipas de natureza de II Liga terem assim na sua competição a marca dos grandes clubes", frisou.
De acordo com Pedro Proença, até à assembleia geral de 29 de março vai haver uma comissão que possa estudar o modelo "que melhor possa defender não só as equipas B, as de natureza de II Liga, mas fundamentalmente a sustentabilidade da II Liga".
Confrontado pelos jornalistas, o presidente da Liga escusou-se a comentar casos jurídico-desportivos, como a detenção do responsável jurídico do Benfica e a investigação à segunda parte do Estoril-FC Porto, pedindo que a justiça faça o seu trabalho e seja célere, "culpabilizando os que tiverem de ser culpabilizados e deixando de lado os inocentes".