O líder FC Porto perdeu hoje a invencibilidade em Paços de Ferreira, graças a um golo de Miguel Vieira na primeira parte, permitindo a aproximação do Benfica, a oito jornadas do fim da I Liga de futebol.
O central do Paços de Ferreira marcou o único golo do encontro, aos 34 minutos, ao emendar, na área, um cruzamento de Filipe Ferreira da esquerda, num remate oportuno que valeu três preciosos pontos à equipa, que viu ainda Mário Felgueiras, outra das figuras, segurar o remate de Brahimi, da marca de grande penalidade, e a preciosa vantagem.
Com grande coesão, alguma sorte e antijogo à mistura, o Paços conseguiu segurar, depois, até final, o resultado, face a um FC Porto hoje menos intenso e objetivo, que pareceu acusar as ausências, nomeadamente de Marega, no ataque, e de Herrera, no meio campo.
Após a 26.ª jornada, o FC Porto mantém a liderança, com os mesmos 67 pontos, mas agora apenas dois de vantagem sobre o Benfica, que venceu em casa do Desportivo das Aves (2-0), enquanto o Sporting, a oito, joga apenas na segunda-feira em Chaves e, em caso de vitória, poderá reentrar na luta pelo título.
O Paços de Ferreira interrompeu, por sua vez, uma série de cinco derrotas consecutivas, e deixou os lugares de descida, ascendendo ao 14.º lugar, com 24 pontos.
A atravessar uma das suas melhores fases da época, excluindo a eliminação recente na Liga dos Campeões, o FC Porto, com Ricardo, Marcano e Brahimi de regresso ao ‘onze’, entrou forte e a mandar no jogo, como se esperava, mas sem conseguir imprimir velocidade no seu jogo e encontrar espaços no ataque.
Esta combinação favorecia o Paços, compacto a defender e solidário entre setores, não sendo alheio a isto as alterações promovidas na equipa, sobretudo na defesa, com as entradas de João Góis, Rui Correia e Filipe Ferreira, permitindo fechar os corredores, ao mesmo tempo que Pedrinho, no meio, juntava-se a Assis e Rúben Micael para criar superioridade.
A equipa pacense nunca desistiu de tentar surpreender em transição, procurava explorar as costas do meio campo portista, onde André André não conseguiu fazer esquecer Herrera, pertencendo-lhe mesmo o primeiro remate intencional do jogo, aos 18 minutos, por Pedrinho, a testar a atenção de Casillas.
O FC Porto mantinha o domínio, mas sem a intensidade de outros de jogos, não conseguindo importunar Mário Felgueiras e permitindo algumas saídas rápidas dos locais, que viriam a marcar aos 34 minutos, num movimento à ponta de lança do central Miguel Vieira na área portista.
Na resposta, o FC Porto ameaçou o empate, por Aboubakar, numa das raras vezes em que Dalot, na esquerda, conseguiu fugir à marcação e centrar em condições, mas Mário Felgueiras, com uma grande intervenção, cedeu canto.
O FC Porto entrou determinado na segunda parte, disposto a marcar cedo e a dar a volta ao marcador, procurou trocar a bola de forma mais rápida, mas o Paços cerrou fileiras, juntou os setores e foi defendendo como podia.
Sérgio Conceição mexia na equipa, apostando em Otávio, para pegar no jogo a meio campo, Gonçalo Paciência e, mais tarde, Hernâni no ataque, mas o melhor que a equipa conseguiu foi uma grande penalidade, num lance discutível envolvendo Rui Correia e Felipe, mas Brahimi, com um remate denunciado, permitiu a defesa a Mário Felgueiras.
Com o FC Porto a arriscar tudo no ataque, o Paços ficava com mais espaço para as tentar contra-ataques e, pelo menos em duas ocasiões, a equipa conseguiu assustar Casillas, enquanto, na área contrária, Gonçalo Paciência desperdiçou, aos 84 minutos, uma das derradeiras oportunidades para o FC Porto evitar a derrota.
Bruno Paixão deu oito minutos de compensação e, após o apito final, face aos protestos dos elementos afetos ao FC Porto devido às perdas de tempo dos locais, acabou mesmo por expulsar o guarda-redes José Sá, que hoje foi suplente.
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