O treinador espanhol da equipa de futebol do Benfica, José António Camacho, admitiu hoje não saber que reforços chegarão e quantos serão, revelando estar consciente de que “não vão chegar todos”.
Camacho, que abordou a reestruturação no plantel benfiquista na conferência de imprensa de lançamento do jogo com o Vitória de Setúbal, sábado, no Bonfim, justificou que “ainda não chegaram reforços porque o mercado acabou de abrir”.
“Imagino que estejam em negociações. Não sei que jogadores vêm para o Benfica. Não depende só do clube, mas também da vontade dos atletas e das equipas em que eles estão”, disse, limitando-se a referir ter pedido “alguns” reforços.
Sem especificar o número de atletas pretendidos, o treinador do Benfica evitou tecer mais comentários sobre o assunto, nem sequer se pronunciou quanto ao avançado argentino César Delgado.
Resignado com a ausência de Binya na Taça das Nações Africanas (CAN), para a qual disse ter as soluções “(Maxi) Pereira e Petit”, José António Camacho referiu-se ao costa-marfinense Zoro, recusando a cedência a título de empréstimo.
“De momento, Zoro fica no plantel”, disse, apesar de o defesa marfinense, também convocado pela sua selecção para a CAN, não ter sido muito utilizado, não chegando a cumprir qualquer minuto na Liga portuguesa de futebol.
Instado a abordar o encontro com o Vitória de Setúbal, que eliminou os “encarnados” da Taça da Liga (1-1 na Luz e 2-1 no Bonfim), o responsável técnico do Benfica sublinhou a necessidade de o colectivo benfiquista “ter atitude”.
“As equipas que defrontam o Benfica estão a jogar a mais de 100 por cento. Também temos de jogar com vontade, porque não é com atitude baixa que conseguiremos ganhar”, frisou.
José António Camacho reforçou que “o Vitória de Setúbal terá de fazer grande esforço para ganhar” ao Benfica e acentuou que espera empenhamento dos jogadores para ultrapassar o compromisso no Bonfim.
O treinador aludiu ainda à entrevista de Nuno Gomes, ao Maisfutebol, em que o avançado opinou que não existe paciência no Benfica para permitir a adaptação de jogadores, focando o caso do argentino Lisandro Lopez no FC Porto.
“Não há paciência nas equipas grandes. Quando estão a perder, mudam de treinador, de jogadores. Mudam tudo, porque dificilmente se tem paciência. Eu sou treinador e todo o treinador gosta de ter paciência para fazer o seu trabalho, mas nem sempre isso é possível”, disse.
LUSA