O líder da claque do FC Porto Super Dragões, Fernando Madureira, foi hoje absolvido pelo Tribunal de Pequena Instância do Porto, que julgou o seu recurso à interdição de acesso a recintos desportivos.
Em novembro de 2017, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) proibiu Fernando Madureira de frequentar recintos desportivos durante seis meses e aplicou uma multa de 2.600 euros, devido a cânticos que aludiam à queda do avião do clube brasileiro Chapecoense como forma de hostilizar o Benfica, no jogo de andebol entre os ‘dragões’ e os ‘encarnados’, disputado em 12 de abril.
A provocação dizia "quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica" e foi cantada durante o encontro disputado no Dragão Caixa, que terminou com a vitória dos ‘azuis e brancos', por 30-27. A queda daquele avião provocou a morte a 71 pessoas.
Hoje, o Tribunal de Pequena Instância do Porto considerou que não foram reunidas provas de que Fernando Madureira tenha cantado ou incentivado o cântico, considerando "factos não provados", absolvendo-o, por isso, da pena decidida pelo IPDJ.
O líder dos SuperDragões assumiu-se satisfeito com a sua absolvição.
"Foi feita justiça. Nos tribunais, não é como no IPDJ, não há palas vermelhas. As provas demonstradas em tribunal não deixam dúvidas nenhumas de que não entoei o cântico. Por isso, não esperava outra decisão. Desde o início que o processo estava inquinado. Se as pessoas do IPDJ fossem sérias, honestas e fizessem bem o seu trabalho, aquilo devia ter morrido logo à nascença. Só posso deduzir que o IPDJ, desde o início, tinha o intuito de me tirar dos estádios. Não sei porquê. Se calhar para beneficiar o Benfica", afirmou.