Declarações de Jorge Jesus, treinador do Sporting, no final do encontro frente ao Paços de Ferreira, da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no domingo.
"Foi uma vitória importante, mas todas são importantes para o Sporting neste momento do campeonato, porque ainda temos possibilidades de sonhar em todas as frentes.
Enquanto o Sporting puder olhar para a frente, vai fazê-lo, mas, para isso, tinha de ganhar aqui ao Paços de Ferreira.
Fizemos um jogo dentro do possível e, nos últimos 15 ou 20 minutos, a equipa protegeu-se um bocadinho, com alguns jogadores mais carregados, depois do jogo tivemos em Madrid.
Na segunda parte, devia ter tirado o Bruno (Fernandes) o e Bryan (Ruiz) mais cedo, porque estavam muito carregados e na quinta-feira temos outro jogo (com o Atlético de Madrid, para a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa).
A equipa foi capaz de ter períodos muito bons. Defensivamente, fomos irrepreensíveis. O Paços não criou qualquer oportunidade.
Parabéns aos jogadores, pela vitória, e também aos adeptos, porque é pelos adeptos que jogamos. O mais importante será sempre o clube. Jogadores e adeptos partilham o sentimento de levar o nome do Sporting mais alto.
Não vi o ‘post' (de Bruno de Carvalho, antes do jogo), ainda não o li. Desde o primeiro dia em que entrei aqui que estou do lado do Sporting Clube de Portugal, que é o mesmo lado do qual estão os jogadores. Hoje, os jogadores demonstraram que a prioridade é defender o clube. Os jogadores deram uma resposta profissional e sabem que à frente deles há uma instituição.
(Esta semana) Não foi fácil para ninguém, nem para os jogadores nem para o treinador, mas, desde a primeira hora, percebi que a minha responsabilidade é defender os interesses do Sporting. As minhas opiniões foram sempre no sentido de que hoje havia jogo com o Paços de Ferreira e era importante o treinador poder escolher os melhores jogadores.
Tenho uma história de longos anos nesta profissão, abracei esta paixão desde os 14 anos e hoje tenho 63. Já passei por tudo. Por acaso, ainda não tinha passado por esta. Sei que o barómetro de qualquer clube são os jogadores. Os clubes crescem em função dos jogadores, depois há os treinadores e os presidentes. Foi por isso que me bati, para que pudesse fazer a convocatória e ter os melhores jogadores. Foi a luta que tive, em defesa do Sporting.
Não puxei as orelhas a ninguém, muito menos ao líder número 1 da equipa, e não puxo as orelhas aos meus jogadores. Posso ter opiniões diferentes. Se os jogadores faziam parte da minha escolha para este jogo, ninguém me podia tirar a minha autoridade, enquanto treinador, de escolher os melhores”.