A Roma afastou hoje sensacionalmente o FC Barcelona das meias-finais da Liga dos Campeões em futebol, ao triunfar em casa por 3-0, num dia em que, pelo contrário, o Manchester City não logrou o ‘milagre’ face ao Liverpool.
Depois do 4-1 no Nou Camp, a eliminatória parecia mais do que resolvida, mas o conjunto italiano realizou uma exibição soberba, manietando por completo o futebol dos catalães, que não conseguiram produzir o seu jogo habitual.
O avançado bósnio Edin Dzeko, aos seis minutos, o médio Daniele De Rossi, aos 58, de grande penalidade, e o central grego Konstantinos Manolas, aos 82, escreveram uma das mais inesperadas reviravoltas da história da ‘Champions’.
A formação transalpina entrou, praticamente, a ganhar, com o bósnio Edin Dzeko, que já havia marcado em Barcelona, a ganhar em velocidade nas costas da defesa contrária e a esticar o pé direito para bater o alemão Ter Stegen, aos seis minutos.
O ‘Barça’ pareceu não acreditar que o pior lhe pudesse acontecer e pouco fez até ao intervalo. Dois livres do argentino Messi saíram muito por cima, enquanto, do outro lado, Dzeko e o checo Patrik Schick assustaram.
Os catalães não mudaram após o intervalo e, aos 58 minutos, as coisas complicaram-se muito: após falta de Piqué sobre Dzeko, o ‘capitão’ Daniele De Rossi não tremeu e marcou de grande penalidade, colocando os italianos a um golo das ‘meias’.
A formação de Eusebio di Francesco ficou ainda mais por cima no jogo, perante um FC Barcelona cada vez mais aflito, e, já sem surpresa, o terceiro golo chegou aos 82 minutos, quando Manolas desviou de cabeça, ao primeiro poste, um canto do turco Under.
Em desvantagem, os catalães, com Nelson Semedo até aos 85 minutos e André Gomes desde os 81, ainda tentaram o golo que lhes daria o apuramento, mas não conseguiram, com Messi e o francês Dembelé a desperdiçarem as melhores condições.
O mais do que provável novo campeão espanhol caiu, tal como o líder destacado da liga inglesa, o Manchester City, que, depois do desaire por 3-0 em Liverpool, ainda sonhou, ao marcar primeiro, mas acabou novamente derrotado, desta vez por 2-1.
Os ‘citizens’ queriam um golo cedo e conseguiram-no logo aos dois minutos, por intermédio do brasileiro Gabriel Jesus, servido por Sterling. Em vantagem tão cedo, o conjunto de Pep Guardiola acreditou e instalou-se nas imediações da área dos ‘reds’, incapazes de sair para o ataque.
Apesar de alguma precipitação, o City foi conseguindo criar ocasiões para chegar ao segundo, merecendo destaque um remate ao poste direito de Bernardo Silva, aos 41 minutos, e, logo a seguir, aos 42, um tento mal anulado a ao alemão Sané.
Após o intervalo, o Liverpool apareceu a jogar com a defesa mais subida e, aos 56 minutos, acabou, em definitivo, com a eliminatória, graças ao nono tento na prova do egípcio Mohamed Salah, depois de jogada de insistência do senegalês Mané.
Já sem convicção, o City, que ao intervalo perdeu Guardiola (aparentemente expulso por protestos), ainda tentou, pelo menos, ganhar o jogo, mas, aos 77 minutos, o brasileiro Roberto Firmino deu mesmo o triunfo aos ‘reds’, após falha do argentino Otamendi.
Os finalistas da Taça dos Campeões de 1983/84 – em Roma, o Liverpool venceu por 4-2 nos penáltis, após um empate a um golo nos 120 minutos – ficam agora a aguardar pelos jogos de quarta-feira, que devem qualificar Real Madrid e Bayern Munique.
Os romanos não estavam nas meias-finais da principal prova de clubes desde, precisamente, 1983/84, enquanto o Liverpool, que soma cinco títulos, o último em 2004/2005, volta uma década depois – em 2007/08, caiu na antecâmara da final face ao Chelsea.
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