O Sporting venceu hoje o Atlético Madrid 1-0, na segunda mão dos quartos de final da Liga Europa de futebol, num encontro em que mostrou que podia ter seguido em frente, não fossem os erros da primeira mão.
O Sporting dominou a primeira parte, marcou um golo e poderia ter feito mais dois ou três, perante um Atlético Madrid muito posicional, passivo e sem agressividade, que esperou pelo adversário e procurou apenas explorar algum erro deste para chegar ao golo, o que não sucedeu até ao intervalo.
A equipa ‘leonina’ explanou-se em campo em 3x5x1, com três centrais e dois falsos laterais, subidos, Ristovski e Acuna, que permitiram que o Sporting tivesse superioridade numérica e controlo do jogo a meio-campo, face ao quarteto Vitolo, Saul Niguez, Gabi e Koke, muito posicional e sem pressionar o portador da bola.
Não deixou de ser surpreendente esta postura do Atlético Madrid, que fez com que fosse dominado durante toda a primeira parte e não fosse capaz de ter profundidade no seu jogo de modo a fazer a bola chegar aos dois homens da frente, Diego Costa e Griezman, também eles muito estáticos, apesar do pouco jogo que lhes chegava, e como tal fáceis de neutralizar pelo trio de centrais ‘leoninos’.
O Sporting abriu o marcador aos 28 minutos, por Montero, na sequência de um cruzamento de Bruno Fernandes, com Oblak a dar uma sapatada na bola para o poste mais distante, onde surgiu o ponta de lança colombiano a cabecear para o fundo da baliza.
De resto, o mesmo Oblak evitou o primeiro golo aos 11 minutos, com uma grande defesa a um remate de cabeça a ‘fuzilar’ de Coates, na sequência de um canto executado por Bruno Fernandes, e o 2-0 já perto do intervalo, com outra grande defesa a remate de fora da área de Bryan Ruiz.
Na segunda parte, o Atlético de Madrid mudou um pouco a sua postura em campo, mais subido no terreno, finalmente a fazer um pouco de pressão à primeira fase de construção de jogo do Sporting, o que impediu os ‘leões’ de circular a bola e ter o domínio da partida como aconteceu na primeira parte.
Mesmo assim, o Sporting teve mais iniciativa, mais posse de bola, mas sem criar os lances de perigo que tinha criado na primeira parte, com exceção de uma assistência de Bruno Fernandes para Montero, aos 64 minutos, em que o remate do colombiano saiu fraco, e outro do mesmo Bruno Fernandes, aos 69, uma ‘bomba’ que Oblak correspondeu com outra grande defesa, provando ser um dos melhores guarda-redes do mundo.
A vinte minutos do fim, Jorge Jesus trocou Bryan Ruiz, a dar sinais de cansaço, por Rúben Ribeiro, que teve dificuldade em apanhar o ritmo do jogo, e, aos 79, arriscou tudo com a entrada de Doumbia para a saída de Petrovic.
A consequência do desequilíbrio defensivo foram duas oportunidades de golo flagrantes de Griezman, nas duas únicas vezes em que o ataque ‘colchonero’ conseguiu explorar as costas da defesa ‘leonina’, aos 81 e 83 minutos, com o francês sozinho frente a Rui Patrício a não ser capaz de o desfeitear.
Apesar do ‘forcing’ final, o Sporting não foi capaz de chegar ao segundo golo e forçar o prolongamento.
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