O Desportivo das Aves assegurou hoje a presença na final da Taça de Portugal de futebol, ao vencer o Caldas, por 2-1, graças ao 'bis' do médio Vítor Gomes no prolongamento, depois de ter estado em desvantagem.
O golo na própria baliza do central avense Jorge Felipe, aos 55 minutos, ainda fez acreditar que nem mesmo uma equipa da principal liga em Portugal passaria na Mata. Mas, no prolongamento, o médio Vítor Gomes, aos 97 e 107 minutos, ofereceu aos seus cpmpanheiros a presença na final da segunda competição mais importante em Portugal, agendada para o dia 20 de maio no Estádio do Jamor, em Lisboa.
Assim, o Caldas não reedita o feito alcançado pelo Leixões em 2001/02, ao tornar-se na segunda equipa abaixo do segundo escalão a chegar à final da prova.
Com apenas dois desaires em casa e para o campeonato, diante de Corouche e Fátima, o conjunto do terceiro escalão deixou para trás os favoritos da II Liga, Arouca e Académica, tendo necessitado de recorrer às grandes penalidades para assegurar as duas passagens e a presença nos quartos de final, tendo 'carimbando' a presença nas meias-finais no prolongamento frente ao Farense (3-2), do mesmo escalão.
O emblema da Vila das Aves também teve trabalho 'extra' na receção ao Rio Ave, nos 'quartos', fase que superou nas grandes penalidades (5-4), depois do empate 4-4, num percurso em que foi ainda 'carrasco' de Vila Real (1-0), União de Leiria (3-0) e União da Madeira (5-1).
O atual 16.º classificado da I Liga entregou a iniciativa aos visitados, deixou que jogassem no seu meio campo, mas sempre coordenado e fechando todas as linhas de passe. Apenas de bola parada o Caldas conseguiu colocar Quim em sentido, ainda que sem perigo.
A ausência de ocasiões flagrantes, as constantes faltas ofensivas nas duas áreas e os lances divididos no centro do terreno resumiram os primeiros 45 minutos. A única exceção pertenceu ao avançado do Aves Nildo Petrolina, na cobrança de um livre direto para defesa segura de Luís Paulo.
Para a segunda parte, o Caldas voltou com maior determinação, encostou o Aves na sua defensiva e chegou mesmo à vantagem no encontro. Diogo Clemente bateu um livre descaído na esquerda do ataque e o central Jorge Felipe acabou por ser infeliz, ao introduzir a bola na baliza de Quim.
O lado esquerdo da defesa da casa era uma lacuna que o Aves explorou ao longo da partida, através das investidas do português Mama Baldé, o melhor dos avenses. Do outro lado, João Rodrigues, o melhor marcador da equipa e do Campeonato de Portugal (18), não tinha o apoio necessário para continuar a alimentar a veia goleadora.
A grande oportunidade de todo o desafio chegou ao minuto 76 e para o Aves. Num lance de primeiro toque, protagonizado por dois homens que saltaram do banco, Braga isolou Hamdou, que foi displicente e atirou ao lado, perante a saída de Luís Paulo de entre os postes.
Um dos jogadores mais experientes do plantel, Vítor Gomes, viria a ter a resolução e o 'passaporte' para o Jamor nos seus pés, aos 97 e aos 107 minutos. Primeiro, Lenho voltou a cobrar o canto, que, desta vez, teve correspondência à altura pelo médio, contando ainda com um primeiro cabeceamento de Jorge Filipe. Depois, um livre de Rodrigo Soares voltou a terminar no pé certeiro do número 30 do Desportivo das Aves.
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