O ex-director desportivo do Belenenses, Carlos Janela, admitiu hoje agir judicialmente contra a SAD do clube por ter sido apresentado como ''bode expiatório'' na utilização incorrecta do futebolista Meyong.
Em conferência de imprensa, Carlos Janela considerou ter ficado ''muito beliscada'' a sua imagem profissional, além de considerar que atentaram contra o seu ''bom nome, reputação profissional e honra''.
Janela considerou também ser matéria de facto as agressões de que foi alvo, perpetradas por dois associados do clube, momentos depois de ter abandonado a SAD do Belenenses já destituído das funções de director desportivo.
''Eu não confundo as arruaças com o Belenenses, mas sei que foi o presidente, Cabral Ferreira, que acicatou os ânimos. Não lhe vou perdoar'', disse, referindo que ''o nível dos dirigentes no Belenenses é baixo''.
Além de outros documentos, o ex-director desportivo entregou a uma equipa de advogados ''o miserável comunicado'' veiculado pela SAD nesse dia, referindo ser Janela o único responsável pela utilização de Meyong no Belenenses-Naval (2-1), da 16ª jornada da Liga, disputado no domingo.
''O conteúdo desse comunicado revela ocultação de factos e visou unicamente encontrar um bode expiatório'', sublinhou.
Dias Ferreira, presente na conferência de imprensa, faz parte dessa equipa de advogados que ''vai fazer o levantamento de todo o processo'', antes de avançarem com uma acção.
Carlos Janela disse ter recebido telefonemas de solidariedade de todos os sectores do clube, desde a equipa técnica aos jogadores, até mesmo ''aos funcionários da limpeza''.
O ex-dirigente assumiu hoje ter cometido ''um erro grave'' no processo de inscrição do futebolista camaronês e acusou Cabral Ferreira de ter ''usado e abusado'' do então director desportivo ''para se safar a ele próprio''.
LUSA