Declarações de Vítor Oliveira, treinador Portimonense, após o jogo frente ao Sporting, da 32.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Municipal de Portimão.
"Perder é sempre difícil para qualquer equipa. Perder nestas circunstâncias torna-se mais difícil. Mas os resultados são o que são, feito pelo número de golos obtidos pelas equipas. O Sporting conseguiu dois, nós um.
O Sporting entrou melhor, entrou forte, fez um golo, penso que justificado até. Tivemos dificuldade em ligar o jogo, mas a partir dos 25 minutos começámos a ligar melhor o jogo, a ter melhor qualidade de passe e os últimos 15 minutos [da primeira parte] foram bastante equilibrados. Chegámos ao golo numa jogada bem executada, que colocou justiça no resultado, apesar de o Sporting ter sido antes bem melhor do que nós.
Na segunda parte, penso que fomos melhores. Não tivemos, e penso que foi a nossa pecha, grande critério no ultimo terço. Houve três ou quatro boas situações em que, com mais critério ou melhor definição, podíamos ter passado para a frente do marcador.
Tal não aconteceu e, a um minuto do fim, acabámos por ser derrotados pelo génio daquele que, na minha opinião, é o melhor jogador deste campeonato. Fez um golo fantástico e deu a vitória ao Sporting. Por aquilo que fizemos, merecíamos um outro resultado, mas não foi possível.
A expulsão não tem nada de extraordinário. Tem tanto de extraordinário, que o jogador [Petrovic] já veio ao balneário pedir-me desculpa, dizendo que tinha de parar o jogo naquele momento. A bola é nossa, eu apanho a bola para dar ao meu jogador, ele tenta tirar-me a bola por duas vezes e eu depois entreguei-lhe a bola com força no peito, confesso que sim, e o árbitro entendeu que devia ser expulso. Daqueles rigores que não teve com entradas do Coentrão, na primeira parte, e do Bas Dost, na segunda parte aqui na zona lateral. Naquele lance teve um rigor fantástico, daquelas coisas que são habituais no futebol português, mas que já não me fazem diferença."