O ciclista britânico Chris Froome (Sky) revelou hoje que está «preparado para ganhar» pela primeira vez a Volta a Itália e reeditar os feitos do belga Eddy Merckx e do francês Bernard Hinault, que venceram as três principais provas velocipédicas consecutivas.
“É uma grande motivação poder ganhar as três grandes voltas seguidas. Pelo que pude aperceber-me durante o Tour, nos Alpes, estou preparado para ganhar, ainda que não possa garantir que isso irá acontecer”, observou Froome, em conferência de imprensa.
O britânico já se impôs por quatro vezes na Volta a França, a mais importante prova do calendário mundial, em 2013, 2015, 2016 e 2017, e por uma na Volta a Espanha, em 2017, mas nunca conquistou o Giro, algo que poderá fazer neste ano, completando a designada ‘tripla coroa’.
“Tomei a decisão de participar em conjunto com a equipa durante o inverno. Passou quase uma década desde que disputei o meu primeiro Giro”, lembrou Froome, assinalando que dispõe de “uma equipa extremamente versátil” para ajudar em todas as fases da corrida.
Se vencer a Volta a Itália, Froome conseguirá não apenas conquistar as três grandes provas, algo que foi alcançado pela última vez pelo italiano Vincenzo Nibali, o grande ausente da edição deste ano, mas também igualar o feito de duas maiores figuras da modalidade.
Apenas dois ciclistas conseguiram ganhar as três provas de forma consecutiva: Merckx venceu o Giro de 1972, o Tour de 1972, a Vuelta de 1973 e o Giro, de novo, em 1973, antes de Hinault vencer em Itália e França, em 1982, antes de triunfar em Espanha, em 1983.
“Não vou limitar-me às etapas de contrarrelógio para tentar ganhar o Giro. Terá de ser o pacote completo. Vai ser uma corrida muito difícil”, notou o ciclista britânico, um dos principais favoritos ao triunfo na 101.ª edição da Volta a Itália, que arranca na sexta-feira, em Israel.
Por outro lado, o britânico está a ser investigado por um controlo antidoping positivo na Volta a Espanha de 2017, em que acusou a presença do broncodilatador salbutamol em níveis superiores aos permitidos pela Agência Mundial Antidopagem (AMA).
A defesa do corredor alega que o britânico sofreu uma disfunção renal, mas a questão continuará a ser investigada para lá do término da prova italiana, pelo que o resultado final pode ficar em suspenso após a corrida, o que já aconteceu em 2011.