Um golo do português Rolando ditou hoje o apuramento do Marselha para a final da Liga Europa, numa noite em que em Madrid o Atlético superou o Arsenal, na despedida das competições europeias de Arsène Wenger.
Depois de 1-1 em Londres, o Arsenal perdeu por 1-0 no Wanda Metropolitano, resultado que dita que o 250.º jogo europeu de Wenger pode ter sido o último - para já o técnico assume que ainda vai pensar no seu futuro -, pelo que quem segue para a final de Lyon, em 16 de maio, é a formação 'colchonera'.
Quarto no campeonato francês, e com uma fase de grupos algo 'cinzenta', o Marselha acabou por terminar a época em crescendo na Liga Europa, chegando a Salzburgo com uma vantagem de 2-0.
Esteve perto de não chegar, já que os austríacos também fizeram 2-0 no tempo regulamentar, obrigando a prolongamento, que Rolando acabou por resolver, com um subtil remate em habilidade, após canto de Payet, aos 116 minutos.
Antes, a forte pressão do Salzburgo tinha rendido dois golos, aos 53 minutos, por Haidara, e aos 65, quando valeu o autogolo de Sarr.
Curiosamente, as duas equipas, que estiveram bastante equilibradas nesta meia-final, já se tinham defrontado por duas vezes na fase de grupos. Então, o equilíbrio também foi a tónica, com 1-0 em Salzburgo e 0-0 em Marselha.
Nesse grupo, o I, o Marselha só perdeu mais um jogo, contra o Vitória de Guimarães, no estádio Afonso Henriques (1-0).
Em Madrid, no Wanda Metropolitano, valeu a força de Diego Costa, a ganhar espaço para o golo, após uma boa assistência de Antoine Griezmann. Estavam decorridos 45+2 minutos e o Arsenal ficava obrigado a marcar, se quisesse levar o jogo para prolongamento.
Foi então sob forte pressão que Arsène Wenger iniciou os últimos 45 minutos da sua carreira europeia. Era o que faltava para concluir o seu jogo número 250 e para que, afinal, a sua despedida seja mesmo na 'Premier League', no terreno do modesto Huddersfield.
O mítico treinador, 22 anos à frente do Arsenal, carregou até ao fim a sua 'sina' de infelicidade nas competições europeias e não vai a Lyon em 16 de maio, na final da Liga Europa.
Na noite frustrante do Arsenal fica também a lesão grave do francês Laurent Koscielny, que provavelmente o deixará de fora da lista para o Mundial da Rússia.
Em contrapartida, para o futebol prático e eficaz do 'Atleti', de Diego Simeone, é evidente a propensão para jogar na Europa - nada menos que a quinta final em oito anos e a possibilidade de chegar a terceiro título na LE, após 2010 e 2012.
A época foi movimentada, com proibição de contratar e mudança de estádio, e desportivamente teve nota menos com a eliminação precoce na 'Champions'. Mas parece acabar bem, com o segundo lugar no campeonato e mais esta final.
Diego Costa, um dos reforços de janeiro, quando as 'portas' se abriram de novo, foi o herói de hoje dos 'rojiblancos', juntando o golo ao 1-1 de Londres, para gáudio de Simeone, que teve de ver o jogo das bancadas, por castigo
A sete minutos do fim, saiu para dar lugar a Fernando Torres, no que foi a forma de distinguir 'El Niño', jogador da formação do clube. Para ele, o fim do caminho 'colchonero' aproxima-se e Lyon será, muito provavelmente, o ponto final de uma longa carreira.
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