O técnico dos vimaranenses comentou a sua passagem pelo FC Porto na época 2015/2016 e realçou que nem as equipas no lote da frente, nem as equipas no «pelotão» de trás, beneficiam da «disparidade de recursos» que o campeonato português apresenta.
"Perdem as equipas pequenas que não têm capacidade para fazer grandes plantéis e fazer um jogo mais positivo e mais aberto. Os grandes não ganham nada com isso, porque depois têm falta de jogo contra equipas que lhes criem dificuldades", disse, na conferência de antevisão ao jogo com o virtual campeão nacional, FC Porto, da 34.ª e última jornada, agendado para as 16:00 de sábado, em Guimarães.
Para Peseiro, este desequilíbrio tem diminuído as possibilidades de as equipas lusas mais cotadas repetirem os "grandes trajetos na Europa" de outras épocas e contribuiu para a subida da Rússia ao sexto lugar do ‘ranking' da UEFA, em detrimento de Portugal, facto que, a seu ver, deveria ser combatido com maior equilíbrio.
Questionado ainda sobre as diferenças entre a sua prestação enquanto treinador do FC Porto, na época 2015/16 - foi terceiro classificado e perdeu a final da Taça de Portugal, com o Sporting de Braga, no desempate por penáltis - e a do atual técnico portista, Sérgio Conceição, Peseiro elogiou o trabalho da estrutura portista nesta época, mas realçou que houve contextos diferentes.
"A minha passagem pelo FC Porto teve um contexto e recursos diferenciados. Entrei a meio da época, e não se pode comparar. O FC Porto está fortíssimo nesta época", disse o treinador vitoriano.