A Assembleia Geral da Sporting SAD aprovou hoje a alteração da data do reembolso das obrigações para 26 de novembro e autorizou a administração a efetuar novas emissões até final do ano, até um máximo de 60 milhões de euros.
O reembolso do empréstimo obrigacionista de 2015, no valour de 30 milhões de euros, previsto para de 25 de maio, far-se-á ao valor nominal, de uma só vez, em 26 de novembro, o que implica a alteração da cláusula relativa ao prazo do empréstimo, que passa a ser de três anos e meio.
Os demais termos e condições das obrigações mantêm-se inalterados, designadamente em relação ao pagamento de juros, os quais continuarão a ser devidos, calculados e pagos até à nova data de reembolso nos atuais termos e condições da ficha técnica, razão pelo qual haverá lugar ao normal pagamento semestral de juros, em 25 de maio e em 26 de novembro.
A alteração da data de reembolso e do prazo do empréstimo ora proposta fica sujeita a aprovação pelo Conselho de Administração da sociedade, com o parecer favorável do Conselho Fiscal, em conformidade os estatutos da sociedade, bem como a aprovação de idêntica deliberação por parte da Assembleia Geral de Obrigacionistas.
A Assembleia deliberou ainda conceder ao Conselho de Administração autorização para uma ou mais emissões obrigacionistas até final de 2018, até ao montante máximo global de 60 milhões de euros, a realizar mediante ofertas públicas de subscrição de obrigações ordinárias, com uma maturidade não superior a quatro anos e com o valor nominal unitário de cinco euros.
As duas propostas apresentada pelo Conselho de Administração da Sociedade obtiveram 427.838 votos a favor, nenhum voto contra e 200.000 abstenções.
A deliberação de hoje relativa ao prazo do empréstimo terá de ser aprovada em Assembleia Geral de obrigacionistas que decorrerá a 20 de maio próximo, depois de a reunião magna marcada para o passado dia 04 de maio ter sido adiada por falta de ‘quorum’.
Para haver decisões quanto ao plano de reembolso do empréstimo obrigacionista de 2015 seria necessário que estivessem representadas metade das obrigações emitidas, que foram seis milhões, mas apenas estiveram no Estádio José Alvalade titulares de um por cento desse total.
A proposta de adiamento do reembolso aconteceu na sequência de um período de instabiliade diretiva no clube, após declarações em que o presidente, Bruno de Carvalho, criticou os jogadores da equipa de futebol, levando o presidente da Mesa da AG, Jaime Marta Soares, a considerar que o líder 'leonino' não tinha condições para continuar.
A administração da SAD considerou então que esta não era a melhor altura para efetuar uma nova emissão obrigacionista e proceder ao reembolso dos títulos que atingiam a maturidade em 25 de maio.