Crónica: Jonas garante segundo lugar do Benfica, que ‘agradece’ a Rui Patrício

Já com o título entregue ao FC Porto, os ‘encarnados’ conseguiram os seus intentos, graças ao avançado brasileiro (52 minutos), que fechou a época como melhor marcador da I Liga, com 34 tentos, os mesmos que o sportinguista Bas Dost tinha somado na temporada transata.

No entanto, o Benfica apenas viu definitivamente selado o segundo lugar e a presença na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões em tempo de compensação, quando o arménio Ghazaryan, num lance com claras responsabilidades para Rui Patrício, fez o golo do triunfo do Marítimo sobre o Sporting (2-1), que, assim, ficou no terceiro lugar, com menos três pontos do que o conjunto da Luz (82).

Já o Moreirense, mesmo com a derrota, conseguiu, mais uma vez, segurar o lugar no escalão principal na última ronda, à semelhança do que tinha sucedido em 2016/17, terminando no 15.º lugar, com 32 pontos.

Os mais do que previsíveis regressos de Luisão e Cervi ao ‘onze’ benfiquista confirmaram-se, dada a indisponibilidade de Jardel e Rafa, pelo que as principais novidades prenderam-se com as apostas em Salvio e Jonas, os quais renderam Samaris e Raúl Jiménez, ambos titulares no dérbi da ronda anterior.

Se o susto que Grimaldo provocou nos cónegos, ainda antes dos 10 minutos, fazia prometer um Benfica agressivo e determinado à procura do golo desde o apito inicial, o tempo foi desmentindo essa ideia e revelando um conjunto ‘encarnado’ à imagem do que tem sido nos últimos meses.

Perante um Moreirense que, na fase defensiva, atuava com uma linha de seis elementos no setor recuado, baixando os dois extremos, as ‘águias’ revelavam enormes limitações na construção e eram inconsequentes no ataque, dependendo do improviso das suas melhores individualidades, como, aliás, vem sendo habitual desde que Rui Vitória assumiu o ‘banco’ da Luz há três anos.

Contudo, nem Pizzi nem Jonas conseguiram dar a melhor sequência às iniciativas de Salvio e Cervi, sendo que o médio internacional português voltou a exibir-se de forma medíocre, como tem sido seu apanágio esta época, e foi mesmo substituído por Samaris, na segunda parte, fechando a época sem deixar ‘saudades’.

Numa primeira parte tremendamente fraca, em que o Moreirense foi levando a ‘água ao seu moinho’, a prova disso mesmo é que o momento de maior fulgor aconteceu aquando do golo do Marítimo, frente ao Sporting, a quase 1.000 quilómetros de distância do Estádio da Luz.

O golo de Jonas, na conversão de uma grande penalidade, no regresso do descanso, aliado ao empate que se registava na Madeira, deu alento aos adeptos ‘encarnados’, que viam o segundo lugar mais perto, apesar de mais um dececionante desempenho da sua equipa.

As facilidades concedidas pelo Benfica incentivaram Rafael Costa e Arsénio a tentarem a sorte, mas qualquer uma delas sem perigo de maior para Bruno Varela. Rafael Costa era mesmo um dos mais inconformados no conjunto visitante e, sempre que podia, procurava tirar partido do seu forte remate.

A entrada de Raúl Jiménez, para os últimos 10 minutos, não alterou o paradigma do encontro, que se desenrolou sem grandes motivos de interesse até ao momento em que as bancadas da Luz ‘explodiram’ com a notícia vinda da Madeira: Ghazaryan tinha acabado de colocar o Marítimo novamente na frente, com ‘ajuda’ de Rui Patrício, e dissipava as dúvidas sobre o segundo lugar do campeonato.