O 28.º título do FC Porto na I Liga portuguesa de futebol explica-se muito pelo seu claro domínio nos jogos entre os quatro primeiros classificados, ainda maior do que demonstram os 14 pontos conquistados, em 18 possíveis.
Os ‘dragões’ só não ganharam na deslocação ao reduto do Sporting e na receção ao Benfica, jogos em que estiveram claramente por cima, e, na ‘hora H’, deram um passe decisivo com um triunfo na Luz por 1-0.
O mexicano Herrera, ‘crucificado’ na receção da época passada às ‘águias’ por ter cedido um canto que esteve na origem do empate, já nos descontos (1-1), foi o ‘herói’, com um golo aos 90 minutos, um grande pontapé de fora da área.
Curiosamente, o mesmo jogador já tinha introduzido a bola na baliza no Benfica no jogo da primeira volta - que o FC Porto dominou -, numa jogada muito mal invalidada pelo árbitro Jorge Sousa, por um fora de jogo anterior, inexistente, a Aboubakar.
Mas, na Luz, Herrera marcou mesmo, no denominado ‘jogo do título’, já que, a cinco rondas do fim, o Benfica chegou na frente, com mais um ponto e poderia sair quatro à melhor e ficar a oito pontos do ‘penta’, com quatro jogos por disputar.
O FC Porto logrou, porém, prevalecer, como em quase todos os jogos entre os quatro primeiros, sendo que também foi claramente melhor nos dois embates com o Sporting.
Em Alvalade, Rui Patrício salvou os ‘leões’ e, no jogo do Dragão, o conjunto de Sérgio Conceição impôs-se por 2-1, a uma Sporting sem Bas Dost e Gelson Martins, com tentos de Marcano e Brahimi.
Na parte final, e depois de não conseguirem ‘matar’ o jogo, os ‘dragões’ ainda se puseram a jeito, mas o ‘miúdo’ Rafael Leão, que empatara o jogo sobre o intervalo, não conseguiu ser ‘herói’, ao falhar o ‘bis’ na ‘cara’ de Casillas.
Face ao Sporting de Braga, o FC Porto teve dificuldades, mas venceu os dois jogos, por 1-0 na ‘Pedreira’, graças a um tento prematuro do mexicano Corona, e por 3-1 no Dragão, onde os ‘arsenalistas’ só responderam ao primeiro tento portista.
Se o novo campeão somou 14 pontos nos seis jogos entre os quatro primeiros, o Benfica ficou-se pelos nove, seis deles conquistados face ao Sporting de Braga, em dois triunfos por 3-1, ambos ‘pincelados’ por Jonas e Salvio.
Face aos outros ‘grandes’, o ‘onze’ de Rui Vitória só perdeu uma vez, a acabar, na receção ao FC Porto, mas não logrou qualquer vitória, empatando a zero no Dragão e em Alvalade e somando também um ponto na receção aos ‘leões’ (1-1).
Como sempre, os ‘encarnados’ sofreram muito para sair ‘vivos’ do Porto, numa segunda parte em que bem podem agradecer aos falhanços de Marega, sendo que, face ao Sporting, foram superiores nos dois jogos, mas pecaram na eficácia.
Ainda, assim, e no campeonato dos quatro primeiros, o Benfica ficou cinco pontos à frente de Sporting de Braga e Sporting, que se ficaram pelos quatro (perderam 14), sendo que, no confronto direto, venceram os ‘arsenalistas.
A formação de Abel Ferreira esteve quase a ganhar em Alvalade, ao virar de 0-1 para 2-1 com tentos ‘tardios’ de Dyego Sousa e Danilo, mas, nos descontos, aos 90+5 minutos, Bruno Fernandes empatou, de grande penalidade.
Na segunda volta, em Braga, os ‘arsenalistas’ chegaram mesmo ao triunfo (1-0), graças a um tento do central brasileiro Raúl Silva - que também marcou no Dragão -, aos 87 minutos, já depois da expulsão do ‘leão’ Piccini.