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Mundial-2018: Europeus venceram nove das 10 edições realizadas em 'casa'

As seleções europeias conquistaram nove das 10 edições do Mundial de futebol realizadas no ‘velho continente’, tendo falhado apenas em 1958, ano em que o Brasil arrebatou o seu primeiro troféu, na Suécia.

Mundial-2018: Europeus venceram nove das 10 edições realizadas em 'casa'
Futebol 365

Liderado por um ‘garoto’ de 17 anos, de alcunha Pelé, que marcou um golo nos quartos de final, três nas ‘meias’ e dois na final, para um total de seis, o conjunto ‘canarinho’ superiorizou-se de forma clara em terras escandinavas.

O Brasil colocou essa ‘lança’ na Europa, mas o feito de Edson Arantes do Nascimento e companhia continua a ser exceção: nas restantes nove competições em solo europeu, a Itália venceu quatro, a RFA três e a Inglaterra e a França uma cada.

Mesmo no que respeita à composição dos pódios, os sul-americanos só lograram quatro: além do triunfo de 1958, o Brasil foi finalista vencido em 1998 e terceiro em 1938, enquanto a Argentina caiu na final de 1990.

Os europeus conquistaram, assim, 26 dos 30 lugares no pódio, por intermédio de Alemanha (sete), Itália (cinco), França (três), Hungria e Polónia (dois) e Checoslováquia, Áustria, Suécia, Inglaterra, Portugal, Holanda e Croácia (um).

A primeira edição no ‘velho continente’ aconteceu em 1934, em Itália, e os anfitriões ganharam, numa competição completamente dominada pelos europeus (nenhum ‘forasteiro’ chegou sequer aos ‘quartos’), também porque o campeão em título Uruguai faltou e Brasil e Argentina surgiram sem os seus melhores jogadores.

Quatro anos depois, em 1938, a prova realizou-se em França e a final foi uma vez mais europeia - a Itália ‘bisou’, ao bater a Hungria por 4-2 -, só que, desta vez, o Brasil, batido nas ‘meias’ pelos campeões (1-2), chegou ao ‘bronze’ (4-2 à Suécia).

Foi, então, preciso esperar duas décadas por nova edição na Europa e tudo continuou como antes: na Suíça, impôs-se a República Federal Alemã (RFA), ao bater, sensacionalmente, na final a Hungria por 3-2, enquanto o Uruguai, que chegara sem derrotas em Mundiais, foi o melhor forasteiro, no quarto lugar.

A exceção aconteceu em 1958, na Suécia: com Pelé em ‘grande’, o Brasil dominou por completo a prova, que conquistou de forma clara, como demonstram os triunfos por 5-2 nos derradeiros embates (face à França, nas meias-finais, e à Suécia, na final).

Quando o Mundial voltou à Europa, em 1966, o Brasil surgiu como bicampeão em título, uma vez que também triunfara no Chile (1962), mas, em terras de ‘sua majestade’, caiu na primeira fase, derrotado por 3-1 por Hungria e Portugal.

A atuar em casa, a Inglaterra venceu (4-2 na final, após prolongamento, face à RFA) e Portugal foi terceiro, à frente da União Soviética (2-1 no jogo do ‘bronze’). A Argentina foi a melhor não europeia, ao terminar no quinto posto.

Oito anos volvidos, o Mundial voltou à Europa e, de novo, para ficar: a Holanda, de Johan Cruyff, foi quem mais brilhou, mas perdeu na final com a anfitriã RFA (2-1), com a Polónia em terceiro, ao bater o Brasil por 1-0 no jogo de ‘consolação’.

A edição seguinte no ‘velho continente’ aconteceu em 1982, em, Espanha, e o domínio voltou a ser total por parte dos europeus, muito por culpa da Itália, que, na segunda fase, eliminou um fantástico Brasil, que acabou no quinto posto.

O conjunto transalpino, liderado pelos golos de Paolo Rossi, arrebatou mesmo o seu terceiro cetro, ao bater na final a RFA por 3-1, enquanto a Polónia voltou a ocupar o lugar mais baixo do pódio, depois de superar a França por 3-2.

A Itália recebeu, depois, a edição de 1990 e, pela segunda vez, uma seleção ‘forasteira’ atingiu a final: Maradona foi o grande responsável pelo feito da então campeã em título Argentina, batida no jogo do título pela RFA (1-0, graças a uma mais do que polémica grande penalidade apontada por Andreas Brehme).

Em 1998, a França voltou a receber o Mundial e, desta vez, conseguiu alcançar o seu primeiro título, na segunda final consecutiva no ‘velho continente’ com uma seleção sul-americana, agora o Brasil, derrotado por 3-0, num jogo em que Zidane ‘bisou’.

Depois de ‘consentir’ duas presenças seguidas em finais, a Europa dominou a última fase final disputada em casa, na Alemanha, em 2006: a Itália bateu na final a França no desempate por penáltis e a seleção anfitriã levou o ‘bronze’, às custas de Portugal.

O Brasil e a Argentina foram as duas únicas seleções não europeias que conseguiram chegar aos quartos de final, fase em que ambas caíram, face à França (0-1) e Alemanha (2-4 nos penáltis, após 1-1 nos 120 minutos), respetivamente.

O Mundial de 2018 será o 11.º em solo europeu e o primeiro na Rússia, numa edição em que o ‘velho continente’ procura o ‘tetra’, após os triunfos consecutivos de Itália (2006), Espanha (2010, na África do Sul) e Alemanha (2014, no Brasil).

Os vencedores do Mundiais realizados na Europa

1. Itália 4 (1934, 1938, 1982, 2006)
2. RFA 3 (1954, 1974, 1990)
3. Brasil 1 (1958)
4. Inglaterra 1 (1966)
5. França 1 (1998)

Confira aqui tudo sobre a competição.

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