O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) realçou hoje o respeito e reconhecimento pela conduta pessoal e profissional dos jogadores, manifestando-se solidário para com os associados João Aurélio, Nélson Lenho, Joãozinho e Pedro Trigueira, no âmbito da operação «cashball»
O órgão sindical da classe futebolística reiterou ainda o apelo feito a propósito de outros casos em que foi tornado público o decurso de investigações criminais, apelando aos órgãos de comunicação social para que evitem a especulação e sucessivas violações do segredo de justiça, de modo a que as autoridades competentes possam atuar em sede própria, de forma célere e eficaz.
Os quatro futebolistas em causa já negaram publicamente qualquer envolvimento num alegado esquema de viciação de resultados em benefício do Sporting, ou sequer que tivessem sido contactados com esse propósito por terceiros, no âmbito da designada operação “cashball”, que levou à constituição de sete arguidos, entre eles o ‘team-manager’ dos ‘leões’, André Geraldes, posteriormente libertado após o pagamento de uma caução de 60 mil euros.
Um dos quatro jogadores, Nélson Lenho, defesa e capitão do Aves, decidiu mesmo avançar com uma queixa-crime contra “os autores materiais” das acusações sobre o seu envolvimento no referido esquema de viciação de resultados para favorecer o Sporting, que desencadeou a operação 'cashball'.
O nome do capitão do Aves foi mencionado por Paulo Silva, um dos alegados intermediários de André Geraldes no alegado esquema de corrupção dos 'leões' a jogadores adversários. De acordo com o testemunho daquele empresário, Nélson Lenho terá aceitado facilitar no jogo da primeira jornada do campeonato entre Aves e o Sporting, que os leões venceram por 2-0.