Fernando Santos e Carlos Queiroz permitem a Portugal integrar o quinteto de países na segunda posição entre os mais representados no Mundial de futebol de 2018 quanto a selecionadores, destacando-se a Argentina, com cinco.
Os líderes da equipa das ‘quinas’ e do Irão, respetivamente, fazem Portugal ombrear com Espanha (Julen Lopetegui e Roberto Martínez, este pela Bélgica), Alemanha (Joachin Low e Gernot Rohr, Nigéria), França (Didier Deschamps e Renard Hervé, Marrocos) e Colômbia (Juan Carlos Osório, México, e Hernán Dario Gómez, Panamá) no lote de nações com dois treinadores.
A Argentina, que será orientada por Jorge Sampaoli, tem ainda como ‘embaixadores’ Hector Cúper, no Egito, José Pekerman, na Colômbia, Ricardo Gareca, no Peru, e Juan António Pizzi, na Arábia Saudita.
Pizzi, que enquanto futebolista teve uma fugaz passagem pelo FC Porto em 2000, tem dupla nacionalidade, já que a partir de 1994 jogou pela Espanha, onde tinha chegado três anos antes: Vladimir Petkovic, que vai orientar a Suíça, também tem dupla nacionalidade uma vez que nasceu na Bósnia (estão Jugoslávia), mas depois naturalizou-se helvético.
Entre as 32 seleções finalistas, 13 são comandadas por um estrangeiro, o que corresponde a 41%: além do Irão, que chamou Carlos Queiroz, português nascido em Moçambique, também Bélgica, Dinamarca, Suíça, Colômbia, Peru, México, Panamá, Austrália, Egito, Marrocos, Nigéria e Arábia Saudita confiaram num forasteiro o êxito das suas ambições.
Campeão da Europa em 2016, em França, Fernando Santos não está nesta condição, mas esteve em 2014, quando comandou a Grécia, chegando aos ‘oitavos’, depois de ficar atrás de Colômbia e à frente de Costa do Marfim e Japão, para ‘tombar’ no desempate por grandes penalidades face à Costa Rica.
Por seu lado, Carlos Queiroz, um dos três a classificar três seleções diferentes (o francês Henri Michel e o brasileiro Carlos Alberto Parreira, este com quatro), já esteve com Portugal no Mundial2010 e com o Irão no Brasil2014, tendo apurado ainda a África do Sul em 2002, entretanto rumando ao Manchester United para ser adjunto de Alex Ferguson.
O alemão Joachim Löw é o único com possibilidades de revalidar o título, uma vez que nenhum dos outros 18 que já conquistaram a prova vão competir na Rússia.
Este será dos mundiais com ‘timoneiros’ menos experientes, uma vez que somente seis dos 32 são repetentes na competição, sobressaindo o uruguaio Óscar Tabárez que ao liderar o seu país, vai para a quarta presença, após 1990, 2010 e 2014.
O alemão campeão do Mundo em título Joachim Low vai para a terceira vez pela ‘mannschaft’, depois de 2010 e 2014, enquanto o colombiano Hernán Dario Gómez, que agora comanda o Panamá, regressa após as experiências em 1998 e 2002, restando o holandês Bert van Marwijk, agora selecionador da Austrália, que esteve na África do Sul em 2010, e Fernando Santos.
Carlos Queiroz já conseguiu quatro apuramentos (África do Sul 2002, Portugal 2010, Irão 2014 e 2018), mas esta será ‘apenas’ a sua terceira participação.
O senegalês Aliou Cissé (Senegal) é o mais novo entre todos, com apenas 42 anos, batendo o espanhol Roberto Martínez (Bélgica) e o sérvio Mladan Krstajic (Sérvia), ambos com 44.
Do lado oposto, Óscar Tabarez, com 71 anos, é o ‘avozinho’ do grupo, que tem oito na casa dos quarenta, 13 na dos 50 e 10 na dos 60: Fernando Santos tem 59 anos e Queiroz 61.
A Holanda e Noruega falharam a qualificação para o Mundial, mas estarão representadas por Bert van Marwijk e Hage Hareide, que dirigem a Austrália e Dinamarca, respetivamente.