O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, disse hoje que as rescisões de contrato apresentadas por seis futebolistas alegando justa causa, na sequência das agressões na Academia de Alcochete, não têm fundamento.
"Estas rescisões não têm fundamento de justa causa. (...). Há aqui uma situação de chantagem, que não me parece quee seja para levar até ao fim, tão fraca é a argumentação. Estes processos não são para levar até ao fim", defendeu esta noite Bruno de Carvalho em conferência de imprensa.
O presidente 'leonino' falava depois de hoje terem dado entrada as cartas de rescisão dos jogadores Gelson Martins, Bruno Fernandes, William Carvalho e Bas Dost, que se juntaram a Rui Patrício e Podence.
Bruno de Carvalho afirmou ainda que deixará o cargo se estes jogadores manifestarem por carta que voltam atrás e que se mantêm no Sporting, na condição de o presidente do Sporting se demitir.
"Se o problema é este Conselho Diretivo, basta os atletas escreverem uma carta dizendo duas coisas: uma é que, se estas direcção se demitir voltam atrá rescisões e jogam no Sporting. E outra é que, se voltarmos a candidatar-nos e ganharmos, continuam a valer estas permissas", afirmou.
Estas rescisões surgem na sequência, entre outros casos, das agressões sofridas por vários elementos do plantel e da equipa técnica em 15 de maio, na Academia do Sporting, em Alcochete, por cerca de 40 pessoas encapuzadas. Destes atacantes foram detidos 27, que ficaram em prisão preventiva.
De acordo com o código do trabalho, a declaração de resolução do contrato por justa causa deve acontecer nos 30 dias subsequentes aos factos que a justificam, pelo que até quinta-feira, 14 de junho, outros jogadores do plantel profissional do Sporting poderão rescindir.