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Conselho Diretivo do Sporting demite-se se jogadores recuarem para ficar

O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, anunciou hoje que o Conselho Diretivo apresenta “imediatamente” a demissão se os seis futebolistas que rescindiram contrato invocando justa causa recuarem para permanecer no clube, mesmo que esta direção vença novas eleições.

Conselho Diretivo do Sporting demite-se se jogadores recuarem para ficar
Futebol 365

Numa conferência de imprensa realizada no Estádio José Alvalade, depois de um dia em que William Carvalho, Gelson Martins, Bruno Fernandes e Bas Dost apresentaram também as suas cartas de desvinculação, o líder ‘leonino’ começou por lamentar “mais um dia difícil” para os adeptos, mas abriu o cenário de uma possível demissão caso os seis jogadores voltem atrás na saída de Alvalade.

“Se para os atletas o problema é este Conselho Diretivo, os jogadores que escrevam uma carta a dizer que se esta direção se demitir voltam atrás nas rescisões e jogam no Sporting e que se nos voltarmos a candidatar e ganharmos, continuam a valer estas premissas. Na mesma hora demitimo-nos. E tem de ser os seis, não basta um jogador”, afirmou.

Apesar de já terem passado os sete dias para Rui Patrício e Podence – os dois primeiros jogadores a avançar para a saída - poderem recuar formalmente nas suas rescisões, o presidente dos ‘leões’ explicou que a porta não está fechada e que estes dois eventuais regressos dependem agora do crivo da SAD.

“Aqueles sete dias são sete dias em que a SAD não pode recusar [o recuo]. A partir do sétimo dia não significa que não possam voltar, significa que já é uma decisão da SAD. É lógico que, mais cedo ou mais tarde, vão voltar atrás. A partir de sete dias já depende da SAD”, vincou.

Sem deixar de considerar que o Sporting está a ser alvo de um “ataque concertado grande”, além de confirmar as quatro rescisões desta segunda-feira e que “poderão ser mais” até dia 15, Bruno de Carvalho reiterou que os processos e os argumentos apresentados pelos jogadores não são fundamento para rescindir por justa causa.

“No dia em que formos embora, estes processos caem porque têm de cair. Pois se forem até ao fim nenhum jogador ganha. Posso garantir aos sportinguistas que não vai dar em nada. Tenham os sportinguistas a calma e a serenidade para nos deixar continuar a gerir o Sporting, porque assim o Sporting vai continuar a ser um exemplo para o futebol mundial”, afirmou.

O presidente do Sporting comparou também as ações dos jogadores a “jogadas de xadrez” que visam um “xeque-mate ao povo sportinguista”, alegando a existência de uma “chantagem” sobre o clube que pode, no entender do dirigente, mudar a força do Sporting para o futuro e o paradigma do futebol mundial.

“O futebol mudava de paradigma, porque, se isto são rescisões com justa causa, é melhor o futebol mudar. A seguir, fosse quem fosse, como é que ia gerir o Sporting? Ia gerir sob medo? A coisa mais fácil que podíamos fazer era apresentarmos a demissão, mas o Sporting perdia o que foi conquistado nestes cinco anos: respeito e credibilidade”, atirou, ao lado de Carlos Vieira, administrador da SAD, e Fernando Correia, porta-voz do Conselho Diretivo.

A conferência terminou em clima de tensão, com um grupo de cerca de duas dezenas de adeptos a insultar o líder ‘leonino’ e a pedir a sua saída, tendo inclusivamente obrigado à retenção dos jornalistas no auditório no final até que chegassem agentes da PSP ao exterior para garantir a saída em condições de segurança.

Estas rescisões surgem na sequência das agressões sofridas por vários elementos do plantel e da equipa técnica em 15 de maio, na Academia do Sporting, em Alcochete, levadas a cabo por cerca de 40 pessoas encapuzadas. Destes atacantes foram detidos 27, que ficaram em prisão preventiva.

De acordo com o código do trabalho, a declaração de resolução do contrato por justa causa deve acontecer nos 30 dias subsequentes aos factos que a justificam, pelo que até quinta-feira, 14 de junho, outros jogadores do plantel profissional do Sporting poderão rescindir.

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