Daniel Mango, que se assume como presidente legítimo do Sporting Clube da Guiné-Bissau, afirmou hoje que o clube tem sido gerido "por pessoas que nem são sócias" e apela a intervenção do tribunal.
Em conferência de imprensa, hoje em Bissau, Daniel Mango indicou que decidiu, em abril de 2017, deixar a presidência do Sporting "em virtude de perturbações de alguns sócios".
Um grupo de sócios, liderados por Midana Sambú, tem vindo a questionar a gestão de Mango, a quem acusam de falta de diálogo, de apropriação de bens do clube e ainda de conduzir mal o Sporting Clube da Guiné-Bissau.
Incomodado, Daniel Mango deixou o clube e agora observa que desde aquela altura o clube "tem sido gerido por pessoas sem vínculos jurídicos", mas que, disse, assumem compromissos em nome do Sporting.
Embora demissionário, Daniel Mango considera-se o legítimo presidente do Sporting Clube da Guiné-Bissau com todas as competências, "até à realização das próximas eleições legais" no clube.
Mango disse que os estatutos do clube recomendam a realização de novas eleições no prazo de 20 dias após a demissão do presidente, o que, observou, não aconteceu.
Uma comissão diretiva, que Daniel Mango considera ilegal, dirigiu o Sporting da Guiné-Bissau de abril de 2017 a maio de 2018, tendo sido eleita uma nova direção.
O presidente demissionário afirma que a nova equipa é liderada por pessoas que nem são sócios do Sporting e que o clube "tem vários processos judiciais" nos tribunais.
O próprio é autor de algumas queixas, nomeadamente uma a pedir a saída da atual direção do clube, por alegada usurpação de competências.