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Dois golos de Lisandro Lopez e um de Tarik Sektioui garantiram hoje a vitória (3-0) do FC Porto sobre o Marítimo, em jogo da 19ª jornada da Liga, no qual o resultado não espelha a realidade dos acontecimentos.
As equipas apresentaram-se com algumas alterações face aos jogos da Taça de Portugal, disputados no fim-de-semana passada.
No Marítimo, onde regressou o avançado Kanu, continuaram a notar-se as ausências do ponta-de-lança Bruno Fogaça e do médio defensivo Olberdam, ambos a recuperarem de lesões.
Por opção técnica e, em relação à última partida do Marítimo, frente ao Sporting, para a Taça de Portugal, o treinador Sebastião Lazaroni prescindiu de Wénio e de Anderson.
No FC Porto, o destaque foi a ausência por lesão do lateral-direito Bosingwa e, em relação à convocatória para o jogo com o Sertanense, dos oitavos-de-final da Taça de Portugal, os regressos de Quaresma, Lucho Gonzalez, Helton, Fucile e Bruno Alves.
Depois de 10 minutos equilibrados, o Marítimo “pegou” no jogo e, aos 14 minutos, num vistoso contra-ataque Ricardo Esteves, da direita, cruzou para a cabeçada de André Pinto, com a bola a sair rente ao poste direito da baliza de um batido Helton.
Dois minutos depois, num lance de insistência do ataque ''verde-rubro'', com Mossoró, na área, disparou forte contra o corpo de Fucile, com Pedro Emanuel a desviar para canto a recarga de João Luíz.
Aos 19 minutos, novamente Ricardo Esteves arrancou pela direita, flectiu para o interior e rematou forte um pouco por cima da baliza de Helton.
Aos 20 minutos, gerou-se uma confusão, quando Márcio Mossoró sofreu uma falta mais dura de Lucho Gonzalez, o brasileiro reagiu, com os jogadores do banco portista, primeiro, e os do Marítimo, depois, a invadirem o campo, perante um atónito Pedro Henriques.
As consequências resumiram-se a um cartão amarelo para Lucho e para Djalma, muito duvidoso, aliás à semelhança do segundo cartão que lhe iria ser mostrado na segunda parte.
Aos 26 minutos, o FC Porto teve a sua primeira ameaça à baliza de Marcos, mas o remate de Farias, na área, descaído pela esquerda, saiu ao lado da baliza maritimista.
Aos 35 minutos, gritou-se golo nos Barreiros, mas o remate de André Pinto, descaído pela direita, foi às redes laterais da baliza de Helton.
Pouco depois, FC Porto, líder da Liga, reclamou grande penalidade num lance entre Bruno e Quaresma, mas Pedro Henriques, perto da jogada, nada assinalou.
Já no final dos dois minutos de descontos, num lance aparentemente inofensivo, Lisandro Lopez atirou de fora da área, forte e rasteiro, com a bola a entrar junto ao poste direito da baliza de Marcos.
O Marítimo regressou do intervalo determinado em empurrar o FC Porto para a sua defesa e, aos 51 minutos, num lance algo surrealista, João Luíz atirou fora da área, fraco, mas Helton escorregou e a bola saiu rente ao poste direito da baliza.
A turma de Jesualdo Ferreira, já com mais espaço, viu Lisandro Lopez a falhar o golo na área, aos 54 minutos e Lucho Gonzalez, aos 57, a obrigar Marcos à defesa da noite, para canto.
Três minutos depois, o árbitro considerou que o braço na bola do angolano Djalma foi intencional e mostrou-lhe o segundo cartão amarelo e o consequente cartão vermelho.
O FC Porto ''matou'' o jogo aos 68 minutos, quando Tarik Sektioui se limitou a rematar para a baliza deserta, depois de Quaresma ter isolado Lisandro e Marcos ter feito a mancha incompleta.
Lisandro Lopez, melhor marcador da Liga (16 golos), estabeleceu, aos 82 minutos, o resultado final, depois de bem servido na área por Lucho Gonzalez.
