“Maestro, dá-nos música mais um ano!” é o apelo de um grupo de benfiquistas que decidiu lançar uma petição na Internet com o objectivo de convencer o futebolista Rui Costa a jogar mais um ano de águia ao peito.
“Ficaremos contentes se ele jogar mais uma época, mas a ideia principal é levantar a questão, fazê-lo pensar que toda a gente gostava que ele continuasse a jogar”, disse à Lusa um dos mentores da iniciativa, Lourenço Menezes, que acredita que o número 10 do Benfica “tem todas as condições para o fazer”.
A ideia “nasceu na bancada do estádio da Luz” no seio de um pequeno grupo de amigos que costuma assistir aos jogos das “águias” ao vivo e começou com a criação de um blog (com um “pedido sentido” e com vídeos da carreira do jogador) e de uma petição para conseguir o máximo de assinaturas possível.
A ligação de acesso à petição pode ser encontrada no endereço ficaruicosta.blogspot.com.
“O Rui Costa é uma figura das mais carismáticas de sempre. Uma voz muito sensata e coerente e tem uma característica que é muito difícil de encontrar no futebol: ser jogador e adepto fervoroso de um clube. Joga com amor à camisola”, sublinhou o “activista” do movimento denominado “Terceiro Anel”.
Lourenço Menezes, de 37 anos, sócio do Benfica desde os 10, acredita que o abandono do “maestro” poderá ter sido antecipado com “a falha que existe no Benfica de um director desportivo”, cargo para o qual Rui Costa tem sido apontado.
“Ele até poderá ter boas características para isso, mas nunca será tão bom como jogador”, afirmou o representante do colectivo, garantindo que, independentemente da decisão, Rui Costa poderá contar com o seu apoio.
O grupo de adeptos, que não está ligado a nenhuma claque, acredita que poderá recolher várias centenas ou mesmo milhares de assinaturas, “dependendo dos resultados da equipa e das exibições do Rui Costa”, pretendendo, posteriormente, entregar em mãos a petição ao jogador.
Quanto à criação de uma petição para o internacional luso voltar à selecção nacional, à semelhança do que foi feito para Luís Figo, Lourenço Menezes, gerente comercial de uma cadeia de lojas de desporto, pensa que tal “não tem sentido”, apesar de Portugal “não ter uma equipa tão competitiva como noutros anos”.