Paulo Bento assume obrigação de o Sporting eliminar o Estrela

“Temos que impor a nossa forma de jogar e saber que temos obrigação de ganhar, tentar dominar, mas sem correr riscos, pois é uma equipa que gosta de sair com velocidade para ataque. Temos que ser seguros, equilibrados e mais agressivos em termos ofensivos, com uma capacidade maior para, nas zonas de finalizaçãon definir as jogadas de ataque”, disse em conferência de imprensa.

Paulo Bento lembrou que a equipa tem reagido a momentos complicados ao longo da época e que é o detentora no troféu, garantindo que o Sporting tem que provar o seu favoritismo no relvado.

“A pressão de ter que passar é um objectivo que temos, com respeito pelo Estrela, temos obrigação de passar porque somos melhores e temos que o provar dentro do campo. O treinador do Estrela da Amadora tem ambição de chegar mais longe e nós temos que fazer para que esse sonho não se concretize”, defendeu.

O técnico do Sporting anunciou que vai fazer alterações no ''onze'', apesar de não revelar quais, e referiu que, ao contrário do Vitória de Setúbal, a sua equipa já venceu por duas vezes os ''tricolores'' esta temporada pelo mesmo resultado (2-0).

“É um adversário que criou dificuldades. Apesar de nos dois jogos anteriores termos marcado cedo, é uma equipa que tem boa identidade, bem organizada e que irá tentar imprimir ritmo alto na fase inicial, como fez em nossa casa, mas temos obrigação de, mesmo com menos um dia de recuperação e com mais sobrecarga de jogos, passar a eliminatória. Somos claramente favoritos”, salientou.

Paulo Bento garantiu que a equipa vai entrar em campo apenas preocupado com o desafio da Taça de Portugal e sem pensar no jogo do próximo domingo frente ao Benfica.

“O Estrela é o jogo mais importante e é a decidir. Se pensarmos no jogo com o Benfica, já podemos jogar domingo em piores condições por ficar nos quartos-de-final da Taça. Ao Sporting, desde que foi à Amadora, começaram a marcar testes à equipa e nunca mais acabaram. Acredito que vamos vencer o Estrela, depois pensaremos no Benfica e em aproximar-nos do objectivo e depois no outro jogo (Bolton)”, disse.

O treinador explicou que as derrotas deixam sempre algo de negativo na equipa e não quis revelar se Rui Patrício vai manter ou não a titularidade, apesar de garantir que confia em todos os jogadores do plantel do Sporting.

“Uma derrota deixa sempre algo de negativo, na Liga porque estamos mais longe do objectivo que temos neste momento e num lugar onde não estamos acostumados a estar e não gostamos de estar. O jogo de quarta-feira é para outra competição, contra um adversário a que ganhámos as duas vezes, sem sofrer golos'', justificou.

Paulo Bento afirmou que a equipa não tem obrigação de marcar cedo para resolver logo a partida e explicou que até ao momento existe uma grande irregularidade do Sporting nos jogos da Liga portuguesa de futebol.

“Os resultados nas competições a eliminar são até agora bons e no campeonato existe uma grande irregularidade e um rendimento abaixo do normal nos jogos fora, dai a distância para primeiro e as dificuldades em chegar ao segundo. As razões não são fáceis de encontrar, existe algum desgaste em termos físicos que se traduz em termos mentais, mas acredito que ainda vai dar para chegar ao segundo lugar”, referiu.

O técnico agradeceu a confiança e solidariedade manifestadas ao grupo de trabalho pelo presidente do clube, Filipe Soares Franco, mas lembrou que também existe a “exigência e rigor” que um clube como o Sporting tem que viver.

Paulo Bento referiu que ao longo da época têm surgido alguns problemas que marcam a temporada, como as lesões, mas não deixou de enviar mais um recado ao sector da arbitragem.

“Falando da arbitragem e tendo em conta o último jogo, é azar. Quando os fiscais-de-linha acertaram mandaram baixar a bandeira, quando falharam deixaram ficar com ela no ar, azar nosso”, disse

A terminar, o técnico falou sobre o ''derby'' de domingo frente ao Benfica mas apenas para passar uma mensagem de ''fair-play'' para todos os adeptos, depois de uma notícia do jornal A Bola que dá conta de problemas entre as claques dos dois clubes

“Que seja um jogo onde impere o 'fair-play' dentro e fora, que os que se vão deslocar a Alvalade o façam com segurança. As claques servem para apoiar e motivar e não para a haver guerras dentro ou fora dos campos. Espero que tudo decorra dentro da normalidade”, concluiu.